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Xaud repete política empreguista de anos passados na CBF, contrariando autonomia prometida na posse

   
   
 

Recém-eleito para o comando da entidade até 2030, presidente vai mesmo nomear Gustavo Feijó para o cargo de diretor de seleções Começou com práticas velhacas o mandato de Samir Xaud na presidência da CBF. Recém-empossado para o comando da entidade até 2030, o mandatário vai mesmo nomear Gustavo Feijó para o cargo de diretor de seleções. O dirigente terá função remunerada, com o anúncio sendo feito após as partidas de estreia de Carlo Ancelotti no comando da seleção brasileira, nos dias 5 e 10 de junho.
E por que isso é ruim? Por repetir a política empreguista de anos passados, alocando aliados políticos em cargos de comando, em vez da desejada autonomia e do profissionalismo prometidos por Xaud no discurso de posse. Feijó assumirá a pasta gerida por Rodrigo Caetano, que passará a ser seu subordinado. E, segundo se especula nos bastidores da entidade, com remuneração em torno de R$ 200 mil. Para quê?
Ex-prefeito de Boca da Mata (AL) e ex-presidente da federação de seu estado, cadeira hoje ocupada pelo filho Felipe, o alagoano Feijó, de 56 anos, é figura conhecida na CBF. Já esteve no cargo de diretor de seleções nas gestões dos ex-presidentes Marco Polo del Nero (entre 2015 e 2018) e Rogério Caboclo (entre 2019 e 2022). Mas em passagens sem relevância ou feitos que merecessem destaque. Apenas por interesses políticos.
O nome de Feijó não será a única novidade anunciada pelo novo presidente da CBF. O advogado Flávio Zveiter, ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, agora um dos oito vice-presidentes de Xaud, comandará a diretoria de competições. Mas é outro que não assumirá o lugar do atual diretor, Júlio Avellar. Zveiter, um dos idealizadores da Libra, terá status de diretor-geral, com foco nas questões envolvendo o calendário nacional.
É pelo menos profissional mais bem capacitado. Zveiter passou cinco anos nos Estados Unidos, imerso em estudos num mestrado sobre gestão esportiva na Universidade de Nova York, e fez todo o trabalho de articulação junto a clubes e investidores para a formação de uma grande liga, depois dividida em duas. Pode ser figura estratégica para a nova ordem que se pretende implantar no trato com federações e clubes.
Em resumo, a chegada de um novo presidente à CBF não é, como parecia, o início de uma nova era. Os interesses do futebol brasileiro seguem sendo geridos dos salões governamentais de Brasília. E o jovem Samir Xaud é mais uma peça da máquina que não anda para frente…
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