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Volta Redonda precisa da CPI da Poluição na Alerj para cobrar ações efetivas da CSN

Por três vezes, fui vereador em Volta Redonda (RJ), e desde o meu primeiro mandato, em 2013, tenho dedicado esforços para combater um problema crônico do nosso município: a poluição causada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

 

Diariamente, sentimos os efeitos dessa realidade no ar que respiramos. Como cidadão, participei de todas as manifestações populares contra o absurdo que é viver numa cidade onde não é possível respirar com qualidade.

Sabemos da importância histórica da Companhia Siderúrgica não só para a cidade de Volta Redonda, mas para todo o Rio de Janeiro. Principalmente em relação à geração de emprego e renda para o estado, mas é uma questão de saúde pública. Saúde precisa vir sempre em primeiro lugar, e é muito triste ver pessoas tendo que deixar a cidade por recomendação médica por causa de doenças respiratórias.

Como parlamentar, seja na instância municipal ou estadual, venho lutando incessantemente contra a poluição causada pela empresa.  Nosso mandato está sempre à disposição para colaborar com os órgãos ambientais. Em 2024, destinamos R$ 900 mil em emenda impositiva ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para a criação de uma estação de monitoramento do ar e para o controle da qualidade da água do rio Paraíba do Sul. Temos cobrado do órgão celeridade na aplicação dos recursos e implantação dos equipamentos.

Desde o início da atual legislatura, presido a Comissão de Saneamento Ambiental da Alerj e já fizemos diversas reuniões e uma audiência pública para tratar do assunto. Na ocasião, em outubro de 2023, entramos com um pedido de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), mas até o momento ela não foi instalada na Assembleia. Essa CPI é fundamental para que possamos entender melhor os problemas, identificar os responsáveis e cobrar ações efetivas.

Enquanto isso, a poluição continua colocando em risco a saúde da nossa população, o meio ambiente e o futuro das próximas gerações.

Também fomos ao Ministério Público (MPRJ) para cobrar que o Termo de Ajustamento de Conduta da empresa seja cumprido e aprovamos em primeira votação um PL que faz com que o pó preto volte a ser fiscalizado pelos órgãos ambientais, porém o projeto nunca voltou em segunda discussão.

A nossa ação mais recente foi uma reunião com o superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Rio, Rogério Rocco. Fui direto ao ponto: o povo de Volta Redonda não aguenta mais tanta poluição. Aproveitei para reforçar o meu apoio à recomendação do Ministério Público Federal e do MPRJ, que pedem que o Ibama assuma a fiscalização da CSN — já que o Inea está sendo inoperante.

A população de Volta Redonda não pode continuar pagando o preço da negligência ambiental. Estamos falando de saúde, de qualidade de vida, de justiça. Chega de poluição.

*Jari Oliveira é deputado estadual pelo PSB, presidente da Comissão de Saneamento Ambiental da Alerj e morador de Volta Redonda.

**Este é um artigo de opinião e não necessariamente representa a linha editorial do Brasil do Fato.

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