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Rio registra queda no roubo de veículos, mas número de celulares levados por bandidos dispara

 

No mês em que foram julgadas as mudanças da ADPF 635, foram registradas 45% de mortes a mais em confrontos com a polícia Dados do Instituto de Segurança Pública do Rio (ISP) mostram que o roubo de veículos em abril chegou ao menor patamar para o mês desde 2014. No entanto, o número o total de roubos cresceu 22%, sendo que o de celulares disparou 29% em relação a abril do ano passado. Os números mostram ainda que de janeiro a abril de 2025 foram roubados 8.757 aparelhos — uma média de 73 por dia.
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A quantidade de roubos a celulares fez com que o primeiro quadrimestre de 2025 seja o segundo pior da série histórica do Rio, que começou em 2003. Neste ano, as áreas com mais casos deste tipo de crime são a 59ª DP (Duque de Caxias), 64ª DP (São João de Meriti) e 5ª DP (Mem de Sá).
Segundo a secretaria estadual de Segurança Pública, as polícias vêm atuando em todo o ciclo deste crime, desde a prisão de criminosos até a receptação. A Polícia Militar, intensifica o policiamento ostensivo nas regiões com maior incidência e a Polícia Civil já apreendeu mais de 500 celulares furtados ou roubados.
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Os números mostram que a quantidade de roubos de carga no estado ficou estável em abril, tendo um aumento de 4%. Apesar disso, no acumulado do quadrimestre deste ano há um crescimento de 33% em relação a 2024. Recentemente, a Polícia Militar iniciou um projeto que reduziu os casos no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. A corporação vem instalando blocos de concreto, chamados de Jersey, em acessos às favelas, o que resultou numa queda vertiginosa desses crimes. Em abril os casos despencaram em 55% na área do 22 º BPM (Maré).
A secretaria de Segurança afirma ainda que “desde o início da segunda fase da Operação Torniquete, as polícias prenderam mais de 500 criminosos e solicitaram o bloqueio de aproximadamente R$ 70 milhões em bens de organizações criminosas”.
A apreensão de armas teve crescimento este ano, após uma queda no índice em 2024. De janeiro a abril, 2.185 armas foram retiradas das ruas, aumento de 7,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Na média, isso equivale a uma apreensão de 18 armas de fogo por dia. As apreensões de fuzis também cresceram: foram 263 nos primeiros quatro meses de 2025, um aumento de 10% em comparação com os 239 registrados no ano passado.
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Mortes em operações
Abril também ficou marcado pelas novas regras definidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na ADPF 635 sobre operações policiais em favelas do Rio. O fim do julgamento não impactou no número de operações, mas houve um aumento de mortes em confrontos com a polícia. Segundo o ISP, foram 80 casos de homicídios por intervenção policial em abril de 2025, 45% a mais que o mesmo mês de 2024.
A área com mais mortes em confronto foi a da 60ªDP (Campos Elíseos) com sete casos. Todos foram durante a operação no final de abril que buscava suspeitos de envolvimento no ataque a tiros contra a sede da delegacia, dois meses antes. Segundo a Polícia Civil, uma das vítimas era cunhado de Joab da Conceição Silva, acusado de ser frente da comunidade e de ter comandado a tentativa de resgate na delegacia.
Segundo a secretaria de Segurança Pública, “as forças policiais atuam com planejamento e inteligência, porém a opção pelo confronto é do criminoso” e os dados não são reflexo do julgamento da ADPF.
“A Secretaria de Estado de Segurança Pública, por meio da atuação integrada das polícias Civil e Militar, vem adotando estratégias baseadas em inteligência, com reforço do policiamento ostensivo, ações investigativas e uso intensivo de tecnologia. Esse conjunto de medidas tem contribuído para a redução dos índices criminais em diversas regiões do Estado”, conclui a pasta.
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