As buscas pela brasileira Juliana Marins, que caiu durante uma trilha no Monte Rinjani (3.726 metros de altura) enquanto tentava chegar ao topo do vulcão na Indonésia, foram mais uma vez interrompidas. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (23) pela família da jovem nas redes sociais.
“Às 16h do horário local [5h em Brasília], o resgate foi interrompido por condições climáticas. Mas antes já havia sido dito que eles parariam ao entardecer por não operarem à noite”, informou a família por meio do perfil no Instagram @resgatejulianamarins. A brasileira caiu no sábado (21).
A irmã da jovem, Mariana Marins, afirmou que está em contato com uma equipe no local, por onde consegue as informações sobre o caso. Quando as buscas foram interrompidas novamente, Juliana parecia estar a 600 metros do desfiladeiro. Ela teria caído de um penhasco que circunda a trilha.
Juliana, de 26 anos, é natural de Niterói e desde fevereiro viaja pelo Sudeste Asiático. Segundo relatos de turistas que avistaram Juliana com o uso de drone, ela estava debilitada e não conseguia se mexer.
“Um dia inteiro e eles avançaram apenas 250 metros abaixo, faltavam 350 metros para chegar na Juliana e eles recuaram. Mais uma vez! Mais um dia! Nós precisamos de ajuda, nós precisamos que o resgate chegue até Juliana com urgência!” Neste domingo (22), as buscas também foram interrompidas por causa das condições climáticas difíceis.
Mariana também fez críticas ao governo da Indonésia. “O parque segue com a sua atividade normalmente, turistas continuam fazendo a trilha, enquanto Juliana está precisando de socorro! Nós não sabemos o estado de saúde dela! Ela segue sem água, comida e agasalhos! Juliana vai passar mais uma noite sem resgate por negligência!”, disse.
“Aparentemente é padrão nessa época do ano que o clima se comporte dessa forma, eles têm ciência disso e não agilizam o processo de resgate! Lento, sem planejamento, competência e estrutura!”.
A família negou que a jovem teria recebido comida, água e agasalho, conforme havia sido divulgado por autoridades indonésias e pela Embaixada do Brasil em Jacarta. “Recebemos, com muita preocupação e apreensão, que não é verdadeira a informação de que a equipe de resgate levou comida, água e agasalho para a Juliana. A informação que temos é que até agora não conseguiram chegar até ela, pois as cordas não tinham tamanho suficiente, além da baixa visibilidade”, afirmou Mariana.
“Desde que acionada pela família da turista, a embaixada do Brasil em Jacarta mobilizou as autoridades locais, no mais alto nível, o que permitiu o envio das equipes de resgate para a área do vulcão onde ocorreu a queda, em região remota, a cerca de quatro horas de distância do centro urbano mais próximo”, informou o Itamaraty a pasta em nota.
“O embaixador do Brasil em Jacarta entrou pessoalmente em contato com Diretor Internacional da Agência de Busca e Salvamento e com o Diretor da Agência Nacional de Combate a Desastres da Indonésia, e tem recebido das autoridades locais os relatos sobre o andamento dos trabalhos. Dois funcionários da embaixada deslocam-se hoje para o local com o objetivo de acompanhar pessoalmente os esforços pelo resgate, que foi dificultado, no dia de ontem, por condições meteorológicas e de visibilidade adversas”, concluiu.
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