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Pozo do Rodo comemorou absolvição em 2024 e disse que ser preso era ‘seu maior medo’: ‘Trauma e pavor’

   
   
 

Cantor foi detido nesta quinta-feira (19) por apologia ao crime e por envolvimento com o tráfico, em ação da Polícia Civil Poze do Rodo já contou em suas redes sociais que ser preso era seu “maior trauma, medo e pavor” depois de ter sido absolvido de acusação, feita em 2020, de que ele estaria envolvido com tráfico de drogas. Nesta quinta-feira (29), o cantor foi novamente preso por apologia ao crime e por envolvimento com o tráfico, em ação da Polícia Civil.
No ano passado, o cantor disse: “Meu maior trauma, medo, pavor é ser preso. Eu fiquei lá 7 dias longe da Júlia (uma de suas filhas) recém-nascida e fiquei maluco, quase não aguentei. Eu não me vejo nunca mais naquele lugar, eu não me vejo nunca longe da minha família sagrada”.
Poze falou que ser preso era ‘seu maior medo’ em 2024
Reprodução/Instagram
A ação na éposa foi proposta pelo Ministério Púbico e a prisão preventiva de Poze, cujo nome verdadeiro é Marlon Brendon Coelho Couto da Silva, chegou a ser pedida pela 35ª vara criminal do Rio. Na época, o funkeiro foi considerado foragido, mas a Justiça acatou o Habeas Corpus pedido por seus advogados.
Entre as acusações feitas pelo MP, estava a de que Poze faria parte da maior facção criminosa da cidade, promovendo o grupo e incitando a violência em seus shows, que, segundo a polícia, eram pagos pelos traficantes, como os da Favela do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, em que ele fez uma apresentação e culminou na investigação.
Poze teria sido “convocado” para cantar na festa de aniversário do traficante Felipe Ferreira Manoel, o Fred, em março de 2020, segundo a investigação. Pelo show, o cantor recebeu R$ 20 mil, que, de acordo com o inquérito, foram bancados pelo tráfico local. A acusação também conseguiu registros em que o cantor aparecia segurando um fuzil, ao lado de um outro traficante apontado pela polícia com o nome de Neymar, morto num tiroteio meses depois.
O que Poze do Rodo disse?
Em seu depoimento aos policiais, Poze admitiu que fez parte do tráfico entre 2015 e 2016 e que trabalhava como “vapor”, no linguajar da criminalidade, alguém que vende drogas como numa feira livre, na Favela do Rodo, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. Ao ser tomada, segundo o funkeiro, pela milícia, ele deixou a comunidade.
No depoimento, MC Poze afirmou ter recebido os R$ 20 mil para fazer o show no Jacarezinho no dia 6 de março de 2020, mas garantiu que não sabia se tratar de uma festa dos traficantes. E que as fotos anexadas ao inquérito, nas quais segura um fuzil e noutra uma granada, eram do tempo em que trabalhou no movimento.
O MP ainda acusou Poze de cantar proibidões no palco, com apologia ao crime, em letras que incitavam a violência, além de corrupção de menores, porque havia muitas crianças no local, inclusive no palco.
MC Poze
reprodução e rep/ instagram
A Justiça absolveu Poze de todas as acusações, inclusive com a alegação de que “Dessa forma, as falas do acusado: ‘milícia se brotar, a bala vai comer e eu tô cheio de ódio, eu tô boladão’ (destacadas na denúncia), não determinam uma ordem a um fato praticado, tampouco elogia alguém e de forma alguma prevê uma finalidade especial, compreendendo um dizer completamente genérico. Por outro olhar, nota-se, curiosamente, que não é costumeiramente visto o surgimento de ações penais que abordam a configuração de crime de apologia a filmes, novelas e tantas outras músicas que abordam situações igualmente as cantadas pelo acusado”.
Nova acusação
Poze do Rodo foi preso no início da madrugada desta quinta-feira por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). Segundo a corporação, ele é investigado por apologia ao crime e por envolvimento com o tráfico de drogas. O cantor foi encontrado em casa, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. O MC foi levado para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho, na Zona Norte, onde chegou às 7h.
MC Poze do Rodo é preso em condomínio no Recreio
Reprodução TV Globo
De acordo com as investigações, o MC realiza shows exclusivamente em áreas dominadas pelo Comando Vermelho (CV). Nestas apresentações, cita a polícia, há a presença ostensiva de traficantes armados com armas de grosso calibre, como fuzis, garantindo a “segurança” do artista e do evento.
O repertório das músicas apresentadas por MC Poze também foi analisado, o qual a polícia diz fazer “clara apologia ao tráfico de drogas, ao uso ilegal de armas de fogo e incita confrontos armados entre facções rivais, o que frequentemente resulta em vítimas inocentes”.
“A Polícia Civil reforça que as letras extrapolam os limites constitucionais da liberdade de expressão e artística, configurando crimes graves de apologia ao crime e associação para o tráfico de drogas”, afirma.
Operação
MC Poze do Rodo é preso em condomínio no Recreio
Reprodução TV Globo
A operação tem como base o cumprimento de mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. Segundo as investigações, há evidências de que os shows realizados por MC Poze são financiados pelo Comando Vermelho, “contribuindo para o fortalecimento financeiro da facção por meio do aumento do consumo de drogas nas comunidades onde os eventos são realizados”.
De acordo com a polícia, esses eventos são “estrategicamente utilizados pela facção para aumentar seus lucros com a venda de entorpecentes”. Com o lucro na venda de drogas, o grupo criminoso poderia adquirir, entre outros, armas de fogo e equipamentos.
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