
Organizações de defesa dos direitos humanos e da liberdade de imprensa condenaram a execução, neste fim de semana, na Arábia Saudita, de um jornalista que estava detido pelo governo há sete anos. O jornalista saudita Turki al Jaser foi executado no sábado após a confirmação de sua sentença por um tribunal, segundo as autoridades.
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Ele foi detido em 2018 e acusado de terrorismo, traição e ofensa à segurança nacional. A aplicação da pena capital contra ele “reflete de forma dramática os limites que as autoridades sauditas estão dispostas a cruzar para reprimir os dissidentes pacíficos”, afirmou na segunda-feira a ONG ALQST, com sede em Londres, em um comunicado.
“A falta de transparência ao redor do caso Al Jaser aumenta a preocupação (…) sobre o alcance das violações dos direitos na Arábia Saudita”, lamentou a organização. O Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ) disse no sábado estar “escandalizado” com a execução desse “eminente jornalista”, que cobriu os direitos das mulheres, a primavera árabe e a corrupção.
A organização Sanad, também com sede em Londres, destacou que as acusações de traição e terrorismo são frequentemente “utilizadas pelas autoridades sauditas para silenciar jornalistas, dissidentes e ativistas”. A Arábia Saudita é um dos países que mais recorre à pena de morte. Mais de 100 pessoas já foram executadas desde o último ano.
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Em 2018, o país esteve no centro das críticas após o assassinato e esquartejamento do jornalista Jamal Khashoggi, crítico do governo, no consulado saudita em Istambul.