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Ministro da Defesa de Israel ameaça matar líder supremo do Irã após ataque iraniano a hospital

Em meio à escalada do conflito entre Israel e Irã, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou que o líder supremo iraniano, Aiatolá Ali Khamenei, não pode continuar existindo e “precisa ser eliminado”. Segundo Katz, isso precisa ocorrer durante a atual campanha militar contra o país persa.

 

“Este homem [Khamenei] não deve permanecer vivo. Esta questão, a questão de deter este homem, eliminá-lo, faz parte da campanha”, disse Katz, nesta quinta-feira (19).

A declaração do ministro ocorreu após mais uma onda de ataques do Irã a Israel na manhã desta quinta-feira (19). O hospital de Soroka, em Beersheba, no sul de Israel, foi atingido.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, visitou o hospital após o ataque. Lá, ele afirmou que o Irã “pagará o preço total” pelo ato.

Retaliação iraniana

O conflito entre Israel e Irã começou na sexta-feira, 13 de junho, com uma agressão israelense que incluiu bombardeios contra alvos em território iraniano. Tel Aviv justificou o ataque utilizando um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), afirmando que Teerã representaria uma ameaça iminente ao país, afirmação logo rechaçada pela própria agência. Especialistas dizem que o programa nuclear iraniano estaria longe de ser capaz de produzir armas atômicas.

Desde então, a violência e o número de vítimas civis ou não escalaram nos dois países, incluindo assassinatos de nomes importantes do governo iraniano. Israel, que tem apoio político e diplomático do Ocidente, tenta garantir uma maior ajuda militar dos EUA, inclusive para o uso de armas capazes de penetrar centenas de metros de profundidade onde se localizam as instalações nucleares iranianas.

A disputa entre os dois países tem raízes mais profundas, remontando à Revolução Iraniana de 1979, quando Teerã se afastou politicamente do Ocidente e deu início a uma política mais expansiva de defesa da resistência palestina, se aliando ao longo dos anos a grupos guerrilheiros como o Hezbollah, no Líbano, o Hamas, na Palestina, e os Houthis, no Iêmen, para resistir à violência israelense. Um ataque de Israel vinha sendo cogitado abertamente pelo governo de Benjamin Netanyahu há anos e analistas dizem que Tel Aviv aproveita agora um momento de enfraquecimento destes grupos de resistência, assim como a queda do governo de Bashar Al-Assad na Síria, tradicional aliado iraniano. Tirar a atenção do genocídio em Gaza, que sofre crescente condenação internacional, seria outro fator que explica o momento do ataque atual.

Ataque israelense

Nesta quinta-feira, a Organização de Energia Atômica do Irã (AEOI) confirmou que Israel atingiu em um de seus ataques o reator nuclear de Arak e o complexo de águas pesadas do complexo nuclear de Khondab, sem deixar vítimas.

O Irã garantiu que a população que reside perto da instalação nuclear não enfrentaria qualquer ameaça ou dano graças às medidas que já foram tomadas.

Em seguida, Khamenei usou suas redes sociais para dizer que “o fato de os amigos americanos do regime sionista terem entrado em cena e dizerem tais coisas é um sinal da fraqueza e incapacidade desse regime”.

A postagem foi uma resposta às declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, que na terça-feira (17) pediu “rendição incondicional” do Irã a Israel.

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