Lula quer visitar Cristina Kirchner na Cúpula do Mercosul

Lula quer visitar Cristina Kirchner na Cúpula do Mercosul

   

Lula quer visitar Cristina Kirchner em Buenos Aires durante a Cúpula do Mercosul, marcada para os dias 2 e 3 de julho. A informação foi confirmada por Paulo Pimenta (PT), ex-ministro e deputado federal, que está na capital argentina participando de atos em apoio à ex-presidenta.

 

“Conversei com o presidente Lula ontem e ele deve fazer uma visita à presidenta Cristina. Com certeza ele fará questão de abraçá-la e transmitir a sua confiança na inocência dela”, declarou Pimenta à rádio argentina AM 750.

O gesto, segundo ele, pretende demonstrar solidariedade, carinho e apoio internacional à líder peronista, que cumpre pena de prisão domiciliar por decisão da Suprema Corte da Argentina, confirmada no último dia 10. Cristina permanece em seu apartamento no bairro Constitución.

Argentinos lotam a Praça de Maio em apoio a Cristina Kirchner
Argentinos lotam a Praça de Maio em apoio a Cristina Kirchner
 

“Uma pessoa que está privada de liberdade tem que ter esse direito. Não espero que exista nenhum tipo de limitação para que o presidente Lula ou qualquer outra pessoa a visite”, afirmou Carlos Beraldi, advogado da ex-presidenta.

Para que a visita aconteça, o Itamaraty deverá solicitar autorização formal, já que a lista de visitas é controlada judicialmente. A defesa reforça que Cristina tem o direito de manter relações políticas e diplomáticas, inclusive com líderes de Estado, mesmo sob restrições.

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Após a confirmação da sentença, Lula ligou para Cristina e ofereceu solidariedade. “Falei da importância de que se mantenha firme neste momento difícil”, escreveu ele na rede X. “Notei com satisfação a maneira serena e determinada com que Cristina encara essa situação adversa.”

Vale lembrar que, em 2019, enquanto estava preso em Curitiba, Lula recebeu a visita de Alberto Fernández, então candidato e futuro vice de Cristina, em um gesto simbólico da aliança entre os dois países e suas lideranças.

Enquanto isso, a pressão popular cresce nas ruas. Em 18 de junho, milhares de pessoas lotaram a Praça de Maio, protestando contra a prisão de Cristina Kirchner. O ato foi marcado por cartazes, palavras de ordem e críticas ao governo Milei, reforçando o apoio massivo à ex-presidenta.

A defesa também apresentou à Justiça um pedido de esclarecimento sobre a possibilidade de Cristina aparecer à sacada de seu apartamento — ponto que simboliza sua comunicação direta com o povo. Advogados denunciam mais uma tentativa de silenciar sua presença pública, o que pode configurar violação de direitos constitucionais.

 

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