
Prefeitura apresentou o novo plano, a ser implementado em cinco fases A prefeitura do Rio anunciou, na manhã desta quarta-feira, detalhes de como será a mudança na operação de ônibus na cidade, a partir de acordo firmado com os atuais quatro consórcios (Intersul, Internorte, Transcarioca e Santa Cruz) no fim de abril. O município será dividido em 31 lotes, com os três primeiros a serem licitados no segundo semestre, representando áreas de Campo Grande e Santa Cruz: a previsão é que as novas operadoras assumam os serviços em abril de 2026.
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Para a escolha desses pontos, foi levado em consideração um Índice de Qualidade do Transporte (IQT), que tem a Zona Oeste como a pior área. Empresa por empresa, a pior operadora segundo essa avaliação do município é a Paranapuan, que opera na Ilha do Governador, região contemplada na segunda fase de licitações. Serão, ao todo, cinco fases, com a última prevista para ocorrer entre setembro de 2027 e agosto de 2028, justamente quando acaba o contrato com os atuais operadores.
Na prática, os operadores só poderão usar ônibus novos. A maioria deverá ser do modelo piso baixo (que não depende de elevadores para o acesso de cadeirantes), com motor traseiro. O “investimento de frota é do operador”, destaca a secretária Maína Celidonio, da pasta de Transportes.
A secretária municipal de Transportes, Maína Celidonio, e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, antes de coletiva sobre fases da nova licitação do sistema de ônibus
João Vitor Costa / Agência O Globo
Assim como em 2010, será instituído um padrão visual determinado pela prefeitura.
Na coletiva realizada no Centro de Operações Rio (COR), na Cidade Nova, o prefeito Eduardo Paes ainda enumerou críticas aos atuais operadores, explicando o porquê de antecipar a mudança nas licitações:
— Como os contratos estão terminando e essas empresas, com o histórico de pouquíssimo compromisso com o usuário, o cliente final, a tendência é, cada vez mais, investirem menos.
O acordo foi costurado em audiência de conciliação convocado pela juíza Alessandra Tufvesson Peixoto, da 8ª Vara de Fazenda Pública do Rio. Os empresários alegavam que a prefeitura não cumpria na íntegra um acordo judicial firmado em 2022 que encerrou uma série de disputas judiciais com os consórcios que se arrastava desde 2019. Na reunião de 30 de abril foi feito um novo acordo para que os empresários enfim aposentem os últimos 200 ônibus (cerca de 5% da frota) que ainda não dispõem de ar-condicionado com o prazo limite de 1º de novembro.