

Anúncio da influenciadora na Grande Rio virou motivo de polêmica e mostrou que posto segue cobiçado O anúncio de Virginia Fonseca como nova rainha de bateria da Grande Rio, e toda polêmica sobre o assunto, deixou novamente em evidência o posto à frente dos ritmistas das escolas de samba, cobiçado desde que Monique Evans reinou absoluta na Mocidade em 1987. Hoje, com a influenciadora ocupando o trono em Caxias, metade das rainhas do Grupo Especial Rio é da ‘cota de famosas’.
O retorno de Iza
Iza ajudou a aumentar esse número ao retornar, em abril, para a Imperatriz Leopoldinense. A cantora procurou a escola de Ramos depois do anúncio de que Maria Mariá deixaria o cargo para se dedicar a outros projetos dentro da agremiação — nos bastidores, comenta-se também que a agora ex-rainha estava longe de ser uma unanimidade.
Antes de procurar oficialmente a Imperatriz, Iza teve um reencontro com o comando da escola durante o desfile, no último carnaval. Ela foi às lágrimas ao cumprimentar a presidente Kátia Drumond e seu filho, João.
Depois de dois anos de um reinado conturbado, em 2020 e 2022, a cantora, nascida e criado em Olaria, bairro vizinho a Ramos, acabou sendo novamente aceita, com o compromisso de uma maior entrega.
“Entendemos que a presença da Iza, não só física, seria importante para a Imperatriz. Ela se ofereceu ainda para ser madrinha dos nossos projetos sociais e disse estar num momento diferente, mais no Rio e com a agenda mais tranquila”, disse o vice-presidente João Drumond no Setor Sul Podcast.
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Iza com João Drumond na quadra da Imperatriz e em seu último desfile pela escola em 2022
Wagner Rodrigues/ divulgação e Roberto Moreyra
Virginia e os milhões para Caxias
Se a volta de Iza já tinha surpreendido, a confirmação do reinado de Virginia na Grande Rio movimentou ainda mais esse ‘jogo dos tronos’. A influenciadora fará sua estreia no enredo (encomendado e patrocinado, mas com cara de autoral) sobre o movimento Mangue Beat, surgido no Recife na década de 1990 e liderado por Chico Science.
A decisão de fazer mais um enredo encomendado foi responsável pela saída da dupla de carnavalescos Leonardo Bora e Gabriel Haddad, campeões em 2022 e atualmente na Vila Isabel.
Virginia chega à Grande Rio acompanhada de um patrocínio de milhões para a escola. Segundo fontes ouvidas pelo EXTRA, o reinado da influenciadora estaria sendo bancado por uma empresa de jogos online.
Virginia é a nova rainha da Grande Rio
Reprodução/Instagram
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Procuram-se três rainhas
Das doze escolas da elite do carnaval carioca, três ainda não anunciaram suas rainhas de bateria. O posto na Unidos da Tijuca segue vago depois do desligamento da cantora Lexa, dando fim ao seu reinado de cinco anos. A coroa lá, como se sabe, segue “à venda”.
Estreando em 2026 no Grupo Especial a Acadêmicos de Niterói acaba de destronar Monique Rizzeto. O EXTRA já havia antecipado que ela poderia perder o posto após o “reajuste” feito pela escola. Para seguir como rainha, ela teria que desembolsar R$ 300 mil, o dobra do valor pago no carnaval deste ano.
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Monique Rizzeto, agora ex-rainha de bateria da Acadêmicos de Niterói
Davi Borges/ rep instagram
A própria Monique confirmou que foi “saída” numa postagem, na última sexta-feira, nas redes sociais: “Nosso encontro já estava escrito, e quisera o destino que tivesse um grande ponto final, antes mesmo do próximo capítulo. Não seguirei como rainha de bateria para o Carnaval 2026. Entendo como o mundo do Carnaval funciona, e o motivo já está bem esclarecido”.
Fora do carnaval há cinco anos, Raissa Machado é a mais cotada para assumir o posto na Acadêmicos de Niterói. Ex-rainha da Viradouro, ela é casada com Paulo Bagueira, atual secretário de governo da prefeitura da cidade sede da escola.
Raissa Machado
rep/ instagram
Luma de Oliveira vai voltar?
Sempre na briga pelo título nos últimos carnavais, a poderosa Viradouro interrompeu o reinado de Erika Januza, que já durava quatro anos, tendo como justificativa “uma alternância no cargo”.
De cara, o nome da musa Carolina Macharethe surgiu como forte candidato ao posto de rainha. O tititi inicial fez com que Erika desse um “unfollow” na possível substituta no Instagram.
Carol Macharethe: vai pro trono ou não vai?
Emerson Castro/ reprodução/ instagram
Mas foi só a Viradouro anunciar o enredo sobre Mestre Ciça, ainda em atividade na escola, para outros nomes começarem a ser ventilados, especialmente de duas rainhas que fizeram história por lá: Juliana Paes e Luma de Oliveira.
A atriz desfilou à frente dos ritmistas sob o comando de Ciça nos quatro anos em que esteve na Vermelho e Branco de Niterói. Os dois criaram uma parceria dentro e fora da Avenida.
Seu retorno seria uma forma também de homenageá-lo, assim como o de Luma de Oliveira, que encerrou seu reinado na escola em 2001, ficando de joelhos à frente da bateria, fazendo história ao lado do homenageado do carnaval do ano que vem.
“Mestre Ciça é uma das paixões da minha vida, por tanta generosidade e por toda confiança depositado em mim”, disse a rainha das rainhas numa entrevista de fevereiro, compartilhada em seu perfil no Instagram há dois dias.
Luma de Oliveira se ajoelha à frente da bateria da Viradouro, sob o comando do Mestre Ciça, em 2011
MARIZILDA CRUPPE
Juliana Paes e o mestre de bateria Ciça no ensaio técnico da Viradouro em 2007
Berg Silva
As rainhas ‘intocáveis’
Enquanto isso, outras rainhas, consolidadas no posto, seguem “intocáveis”. É o caso de Sabrina Sato na Vila Isabel e Viviane Araújo no Salgueiro. Há 11 anos reinando na Mangueira, Evelyn Bastos já é um patrimônio Verde e Rosa, ocupando ainda outras funções na escola.
Já a permanência de Bianca Monteiro à frente da bateria da Portela vai depender do resultado da eleição para a escolha do novo presidente, que acontece neste domingo. Rainha desde 2016, ela teve sua renovação anunciada oficialmente na escola, mas ainda na gestão de Fábio Pavão, que decidiu não disputar a reeleição.
Escolhida por concurso, Lorena Raissa, de apenas 18 anos, tem um longo reinado pela frente na Beija-Flor. Com Mayara Lima, da Paraíso do Tuiuti, não é diferente. A princesa que virou passista e depois rainha é hoje uma sensação do carnaval carioca com seu samba no pé.
Na Mocidade, Fabíola de Andrade também segue inabalável. Nem os milhões de Virginia poderiam tirar a mulher de Rogério de Andrade do trono de Rainha de Padre Miguel.
A rainha Mayara Lima durante o desfile da Paraíso do Tuiuti
Domingos Peixoto/Agência O Globo
Fabíola de Andrade, rainha de bateria da Mocidade
Domingos Peixoto