

Ao EXTRA, lateral-direito fala sobre ambiente leve com Renato Gaúcho, oportunidade em disputar Mundial e vaias da torcida O lateral-direito Guga não tira o sorriso do rosto desde que virou herói com o golaço que deu a vitória do Fluminense por 2 a 1 sobre o Vasco, no sábado, pelo Brasileiro. Sob o comando de Renato Gaúcho, o carioca de 26 anos aproveita a ascensão na temporada e volta a ser titular novamente hoje, às 21h30, contra o Once Caldas, no Maracanã, pela Sul-Americana. O tricolor precisa vencer para garantir a vaga direta às oitavas de final como primeiro colocado do Grupo F.
Qual foi a sensação de decidir o clássico?
No dia seguinte ao jogo, eu estava comentando com a minha esposa que parecia ter sido um sonho. Assim que acordei, já olhei o telefone para ver se tudo era verdade. O clássico acaba sendo um jogo à parte, em que a vitória muda muito todo o astral de um clube. Com certeza, vai trazer mais torcedores ao Maracanã para um confronto direito que precisamos vencer na Sul-Americana.
Como está a expectativa de jogar o Mundial?
É a realização de um sonho poder jogar um torneio desse tamanho, mostrando a força do futebol brasileiro em um grande clube. Sabemos que é muito difícil enfrentar os clubes europeus por toda estrutura e a questão financeira, mas nada é impossível. Não podemos vacilar, porque pode ser fatal, então, é fazer um jogo seguro e correto para sonhar em fazer história.
Tem tempo para estudar os adversários?
Tenho uma equipe de scout que me passa tudo. No clube, temos também, mas a minha é mais individual e consigo estudar dias antes do jogo. Me ajuda muito ver as características dos jogadores enfrentarei.
Guga ressaltou ambiente leve com Renato Gaúcho
Alexandre Cassiano/Infoglobo
Qual jogador deu mais “dor de cabeça”?
No Brasil, Everton Cebolinha (Flamengo). No geral, Rodrygo (seleção e Real Madrid).
Qual é o estilo do Renato?
Ele gosta de um futebol para frente, pensa sempre em vencer. Também dá muita liberdade na movimentação, em atacar sem medo, e deixa o ambiente muito alegre e leve para trabalhar. Não que os trabalhos dos últimos treinadores não tivessem um ambiente tranquilo para trabalhar. Mas cada um tem suas características de cobrança e liderança. A do Renato é mais tranquila.
E como são os treinamentos?
Ele não está conseguindo muito tempo para trabalhar. Acaba sendo um treino mais parado e tático, com bastante vídeo, até mesmo para se recuperar a tempo do próximo jogo.
O jogo ofensivo encaixa mais com o seu estilo?
Penso que, no futebol, existe a parte defensiva, mas tem que saber atacar. Dá para defender na parte ofensiva. É tudo questão de leitura e tática. Sempre prefiro o jogo mais ofensivo porque sinto que estou mais perto da vitória.
Como tem sido a disputa com o Samuel Xavier?
Está sendo a melhor de toda a minha carreira no profissional. Os dois em alto nível e um puxando o nível do outro. Estou muito feliz com o momento que estamos vivendo.
A torcida vinha vaiando o time até em vitórias. Era justo?
Eu acho que (a vaia) é sempre justa. A gente sabia que não estava conseguindo desempenhar um bom futebol e já havia conversado que precisava melhorar. Contra o Vasco, a equipe fez um grande jogo, sofrendo pouco. Agora é tentar dar sequência nesse alto nível.
Dá para pensar em título nesta temporada?
Por que não sonhar? Brigaremos por títulos. Não podemos escolher uma competição. Querendo ou não, acaba atrapalhando o nosso ano. No fim da temporada, vamos ver qual a gente vai conseguir disputar realmente o título. É do tamanho do clube disputar todas as competições possíveis.
O que você já aprendeu com o Thiago Silva?
É espetacular conviver com um ídolo do Fluminense que foi vitorioso em grandes clubes na Europa. Dentro de campo, passa muita tranquilidade e experiência. Tento absorver as orientações ao máximo em qualquer treinamento.
Seu contrato termina no fim de 2025. Como estão as conversas para renovação?
Estou tranquilo, com foco somente em jogar e ajudar o clube. Isso aí (renovação) deixo para a diretoria e meus empresários resolverem.