Ataque de Israel ao Irã reacende tensão nuclear global
O ataque de Israel ao Irã na última quinta-feira (12) elevou dramaticamente a tensão no Oriente Médio. Logo nas primeiras horas após as explosões em Teerã e outras cidades, o mundo voltou os olhos para o conflito. Segundo autoridades israelenses, o objetivo foi impedir o avanço do programa nuclear iraniano.
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Durante entrevista ao podcast O Assunto, o professor de política internacional Tanguy Baghdadi destacou a relevância do Domo de Ferro na defesa de Israel. Ainda assim, ele faz um alerta:
“O Domo de Ferro é bastante eficaz, mas está longe de ser inexpugnável.”
Segundo ele, embora o sistema intercepte muitos foguetes, Israel não pode confiar 100% em sua eficácia:
“Tem ataques iranianos que
podem atingir, sim, cidades israelenses. O dano é menor com o Domo de Ferro, mas não é uma barreira infalível.”
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Desde que foi ativado no início da década passada, o Domo de Ferro interceptou milhares de foguetes, com taxa de sucesso superior a 90%. Ele detecta a trajetória do inimigo e, caso identifique risco a uma área urbana, lança um míssil interceptor.
Além disso, Baghdadi ressalta o poderio militar iraniano:
“É, sim, uma guerra de risco para os dois.”
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As diferenças tecnológicas entre Israel e Irã também foram comentadas pelo professor da UFF e pesquisador de Harvard, Vitelio Brustolin:
“Israel controla os céus do Oriente Médio desde a Guerra dos Seis Dias. O país não tem profundidade territorial, então precisa ter uma estratégia em caso de ataque iminente, e a aviação é muito importante para isso.”
Israel conta com caças F-35 de última geração, enquanto a frota iraniana é composta por jatos antigos, como SU-22 e SU-24. O Irã, altamente sancionado, depende de tecnologias mais limitadas.
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A ofensiva israelense também matou nomes importantes do alto escalão iraniano, incluindo Hossein Salami, chefe da Guarda Revolucionária, e Mohammad Bagheri, das Forças Armadas. Além deles, dois cientistas nucleares foram mortos.
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A resposta iraniana veio com uma ameaça direta. O aiatolá Ali Khamenei declarou que Israel enfrentará “um destino amargo”. E mais: prometeu que tanto Tel Aviv quanto os EUA irão “pagar caro”.
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Enquanto o mundo observa com atenção, a escalada pode ter consequências imprevisíveis. O ataque de Israel ao Irã, longe de ser um ato isolado, reacende o debate sobre segurança, armas nucleares e o equilíbrio geopolítico da região.