

Aluno passou a ser perseguida por três adolescentes após se envolver num triângulo amoroso em colégio na Califórnia Um tribunal de apelações da Califórnia (EUA) manteve na última sexta-feira (13/6) o veredito que ordena um distrito escolar do Condado de Los Angeles a pagar US$ 1 milhão (R$ 5,5 milhões) a uma jovem que foi alvo de uma campanha implacável de bullying que durou meses e incluiu ameaças de morte quando ela estava no ensino fundamental.
O Distrito Escolar Unificado de El Segundo, no condado de Los Angeles, perdeu o recurso contra uma decisão judicial de 2022 que considerou o distrito negligente em proteger Eleri Irons de “bullying, tortura e agressão”. A onda de violento assédio começou após o fim da amizade de Eleri com duas colegas de classe devido a um triângulo amoroso. As duas meninas acrescentaram uma terceira adolescente ao processo de bullying, segundo o processo.
A jovem, agora com 21 anos, era uma aluna de 13 anos na Escola de Ensino Fundamental El Segundo quando outros adolescentes começaram a praticar bullying contra ela, entre novembro de 2017 e junho de 2018.
O recurso do distrito escolar se concentrou em várias questões, alegando que Eleri não conseguiu provar nenhuma de suas lesões e que não era responsável pela forma como os funcionários da escola lidaram com a questão.
Os advogados da escola também citaram um código do governo estadual que isenta os funcionários públicos de qualquer responsabilidade, de acordo com o site “Patch”.
No processo, o advogado de Eleri argumenta que a então menor, “que sofria de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), cortava-se e buscava refúgio na enfermaria da escola quase todo horário de almoço” devido à campanha de bullying.
Eleri foi chamada de “mentirosa, prostituta, infiel e ladra de namorados, zombavam dela nos corredores e chegou a receber um tapa na cara. Gritaram com ela pessoalmente e a assediaram online”, alegou o defensor.
Os pais de Eleri denunciaram o bullying, mas a direção da escola classificou o caso “como um drama sobre um triângulo amoroso adolescente”, disse Christa Ramey, advogada da estudante, ao “LA Times”.
“Esta decisão confirma o que o júri já sabia: Eleri foi ignorada em todos os níveis pelas pessoas que deveriam protegê-la”, declarou Christa.
O distrito escolar deve apelar à esfera federal.