
Zagueiro do PSG e lateral da Inter de Milão foram chamados por Ancelotti em sua primeira lista à frente da seleção, junto do capitão do time francês A final da Liga dos Campeões, entre Paris Saint-Germain e Inter de Milão, amanhã, às 16h (de Brasília), em Munique (Alemanha), reunirá três brasileiros que estão na primeira lista de Carlo Ancelotti à frente da seleção brasileira. Capitão do time francês, Marquinhos é o inegável protagonista. Porém, a convocação trouxe holofotes para outros dois jogadores do país: Beraldo e Carlos Augusto.
Mesmo reservas em PSG e Inter, respectivamente, os dois defensores fazem temporadas de afirmação no futebol europeu e têm totais chances de serem acionados na Allianz Arena para ajudar na briga pelo título europeu.
De toda forma, Marquinhos é a bola da vez. Dono da braçadeira de capitão desde 2020, o jogador de 31 anos apresenta sua versão mais madura ao fim da 12ª temporada em Paris. Após anos sendo um “escudeiro” de Thiago Silva, ou passando despercebido por causa de companheiros como Lionel Messi, Kylian Mbappé e Neymar, ele assumiu a liderança do grupo comandado por Luis Enrique.
Remanescente do vice-campeonato europeu de cinco temporadas atrás, na final disputada contra o Bayern de Munique (Alemanha), o zagueiro quer se redimir com a própria história e fechar a tríplice coroa, após conquistar o Campeonato Francês e a Copa da França.
Buscando espaço
Enquanto Marquinhos já é um veterano no PSG, Lucas Beraldo, aos 21 anos, está no outro extremo da carreira. Adquirido do São Paulo no final de 2023, o zagueiro está fechando sua primeira temporada completa na Europa, mas já apresenta ótimos predicados.
Hoje, só não é titular ao lado de Marquinhos por causa de Willian Pacho, zagueiro equatoriano que é o quarto do elenco com mais partidas em 2024/25. Porém, o jovem brasileiro corre por fora, com 33 jogos e um gol ao longo desta temporada, mostrando maturidade e boas virtudes.
— Zagueiro que, sempre que entra, corresponde. Ele tem aquilo que o mercado europeu mais busca hoje, que é a capacidade de ter imposição física e um passe que “quebra linhas”, ou seja, passa a bola direto para o meia ou atacante, sem envolver o volante — destaca Leonardo Miranda, analista tático do Grupo Globo.
Do outro lado da decisão, Carlos Augusto está completando sua primeira temporada como um efetivo nerazzurri. Revelado no Corinthians, o jogador de 26 anos chegou à Europa através do Monza (Itália) em 2020 e, após atuar na temporada passada emprestado à Inter, foi comprado de vez há um ano.
No 3-5-2 do técnico Simone Inzaghi, o lateral-esquerdo atua como ala, mas apresenta versatilidade. Apesar de ser reserva do italiano Federico Dimarco, é basicamente um 12º jogador para o clube de Milão. Dos 45 jogos disputados na temporada até agora — com três gols e cinco assistências —, ele foi titular em mais da metade (23).
função defensiva e entendimento do jogo. É considerado parte do futuro da Inter, pois entra em muitos jogos, especialmente nos mais intensos — aponta Miranda. — O esquema do Inzaghi é um pouco doido, com jogadores trocando de função às vezes no mesmo jogo. Já aconteceu do Carlos Augusto entrar como terceiro zagueiro, que é onde ele rende melhor.
Seleção
Beraldo e Carlos, assim como Marquinhos, buscam hoje o maior título de suas carreiras, sem deixar de olhar para a oportunidade que terão novamente na seleção. O zagueiro já atuou em três amistosos em 2024, enquanto o lateral jogou duas partidas nas Eliminatórias para a Copa do Mundo, em 2023.
Depois da decisão, eles viajam para o Brasil para se reunir com o grupo convocado por Ancelotti. Nos dias 5 e 10 de junho, a seleção visita o Equador (Guayaquil) e recebe o Paraguai (São Paulo). Para Miranda, há chance de Beraldo iniciar.
— Faz muito bem essa função (de passe) e acredito que possa até aparecer como titular, pelo entrosamento com o Marquinhos — diz, antes de completar sobre Carlos Augusto: — Imagino que o Ancelotti pense nele como lateral esquerdo mesmo. Não usa esquemas com três zagueiros, gosta de laterais mais tradicionais, e o Carlos hoje é um dos bons nomes que temos e podem se desenvolver.