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Com grande desfile militar na Praça da Paz Celestial, China celebra 80 anos da vitória contra o Japão

A China fará um grande desfile militar na Tiananmen, a Praça da Paz Celestial, em Pequim, em 3 de setembro deste ano, para celebrar o 80º aniversário da vitória da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e da Guerra Mundial Antifascista, como o país se refere à Segunda Guerra Mundial.

 

O presidente chinês Xi Jinping fará uma vistoria nas tropas, conforme anunciou na coletiva na manhã desta terça-feira (24), Wu Zeke, major-general e vice-diretor do Bureau de Operações do Departamento do Estado-Maior Conjunto da Comissão Militar Central (CMC).

O último desfile militar nacional na Tiananmen aconteceu em 1º de outubro de 2019, no 70º aniversário da fundação da República Popular da China. Esse foi o 16º desfile militar nessa praça desde 1949, o próximo será o segundo desfile para comemorar a vitória contra a agressão japonesa. O anterior foi no aniversário de 70 anos do feito, em 2015.

Wu disse que o objetivo do ato é “destacar o status histórico da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa como o principal campo de batalha no Leste da Guerra Antifascista Mundial e sua grande contribuição para a vitória da Guerra Antifascista Mundial”.

Também mencionou como objetivos: destacar o papel fundamental do Partido Comunista da China na vitória e “mostrar o novo estilo de construção política do exército popular, o novo layout da estrutura de força (…) e novos resultados da preparação para possíveis guerras”.

Veículos militares transportam mísseis balísticos intercontinentais com capacidade nuclear DF-41 durante desfile militar na Praça da Paz Celestial (Tiananmen), em Pequim – 1º de outubro de 2019, no 70º aniversário da fundação da República Popular da China | Greg Baker | AFP
 

Desde o último desfile em 2019, a China tem avançado em tecnologia e capacidade de combate aéreo e naval, como a finalização do primeiro porta-aviões projetado e desenhado na China, o Fujian (Tipo 003) que possui tecnologia de catapulta eletromagnética e pode transportar aeronaves mais avançadas, como o caça furtivo (capacidade de não ser detectado por radares) Chengdu J-35A.

Comemorações e convidados

O desfile será provavelmente o desfecho das comemorações da data, que incluirão fóruns, seminários acadêmicos e exposições artísticas e de fotografias em diferentes partes do país.

Wu afirmou que serão convidados líderes, ex-políticos, altos funcionários de países relevantes, entre outros. Em maio, durante a visita de Xi a Moscou, o presidente russo Vladimir Putin confirmou que participará das comemorações e assim como da cúpula da Organização de Cooperação de Xangai, prevista para acontecer antes na cidade de Tianjin.

O que foi a agressão japonesa à China

Os ataques sistemáticos do Japão à China começaram em 1931 com a invasão japonesa da Manchúria (hoje conhecida como região nordeste da China, que inclui as províncias de Heilongjiang, Liaoning, Jilin e partes da Mongólia Interior). A agressão durou 14 anos, até 1945, quando o Japão se rendeu em 2 de setembro desse ano.

As mortes de chineses, diretas e indiretas (por doenças ou fome), somam 35 milhões nesse período. A cifra de 20 milhões de mortes de chineses, frequentemente divulgada, se refere ao período conhecido no Ocidente como Guerra Sino-Japonesa (1937 a 1945), que na China é chamada de Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa.

Nos primeiros meses dessa guerra, o Japão foi responsável pelo Massacre de Nanjing (a capital da China à época), onde mais de 300 mil pessoas (incluindo soldados e civis chineses) foram assassinadas em 1 mês e meio, marcando um dos piores massacres cometidos pelo Japão nesse período.

A guerra representou o fortalecimento do Exército Vermelho e do Partido Comunista da China, ambos passaram de ter dezenas de milhares em suas filas no início da agressão para mais de 1 milhão em 1945. Quatro anos depois, os comunistas chineses derrotam as forças do Kuomintang e Mao Zedong anuncia a fundação da República Popular da China na Praça Tiananmen.

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