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BMW, viagens, ouro e mansão: preso MC Poze leva vida de luxo e ostentação

   
   
 

Funkeiro de 26 anos foi preso nesta quinta-feira, investigado por apologia ao crime e por envolvimento com o tráfico de drogas Preso nesta quinta-feira, 29, por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), MC Poze do Rodo, de 26 anos, leva uma vida de luxo e ostentação na web. O funkeiro, de 26 anos, é investigado por apologia ao crime e por envolvimento com o tráfico de drogas.
Poze é conhecido por ostentar um estilo de vida exuberante, com viagens para o exterior, carrões, roupas de grifes e cordões de ouro. Ele é casado com a influenciadora Vivianne Noronha, mãe de três dos cinco filhos dele. O casal mora em uma mansão no Recreio, na Zona Oeste do Rio, onde Poze foi preso.
A polícia apreendeu também a BMW X6 do cantor, avaliada em R$ 1 milhão. Na casa de Poze, foi encontrado um closet com vários cordões e anéis de ouro, além de roupas de marcas.
Um dos casos citados pela investigação é do baile funk na Cidade de Deus, dois dias antes da morte de um policial da Core durante uma operação. O cantor foi encontrado em casa, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. O MC foi levado para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho, na Zona Norte, onde chegou às 7h. Ele não falou com a imprensa.
O advogado de MC Poze do Rodo, Fernando Henrique Cardoso, informou que a prisão do cantor é temporária e que ele deve ser transferido ainda nesta quinta-feira para o presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio.
MC Poze do Rodo é preso em condomínio no Recreio
Reprodução TV Globo
De acordo com as investigações, o MC realiza shows exclusivamente em áreas dominadas pelo Comando Vermelho (CV). Nestas apresentações, cita a polícia, há a presença ostensiva de traficantes armados com armas de grosso calibre, como fuzis, garantindo a “segurança” do artista e do evento.
Segundo a defesa, policiais civis da DRE cumpriram mandado de busca e apreensão na residência do funkeiro para recolher joias — muitas delas com símbolos que fariam referência a traficantes ligados à facção criminosa Comando Vermelho — além de celulares, eletrônicos, documentos e possíveis armas de fogo. No entanto, de acordo com o advogado, nenhuma arma foi encontrada na casa.
O repertório das músicas apresentadas por MC Poze também foi analisado, o qual a polícia diz fazer “clara apologia ao tráfico de drogas, ao uso ilegal de armas de fogo e incita confrontos armados entre facções rivais, o que frequentemente resulta em vítimas inocentes”.
“A Polícia Civil reforça que as letras extrapolam os limites constitucionais da liberdade de expressão e artística, configurando crimes graves de apologia ao crime e associação para o tráfico de drogas”, afirma.
MC Poze ostenta com compras na Europa em viagem com a filha e a ex-mulher
Reprodução/Instagram
Vivi Noronha, esposa de MC Poze do Rodo, na Cidade da Polícia
Gabriel de Paiva / Agência O Globo
Vivi Noronha, esposa do cantor, chegou a Cidade da Polícia, cerca de uma hora depois do marido, acompanhada de seguranças, mas não concedeu entrevistas. De acordo com a polícia, ela não é alvo da operação.
Operação
A operação tem como base o cumprimento de mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. Segundo as investigações, há evidências de que os shows realizados por MC Poze são financiados pelo Comando Vermelho, “contribuindo para o fortalecimento financeiro da facção por meio do aumento do consumo de drogas nas comunidades onde os eventos são realizados”.
De acordo com a polícia, esses eventos são “estrategicamente utilizados pela facção para aumentar seus lucros com a venda de entorpecentes”. Com o lucro na venda de drogas, o grupo criminoso poderia adquirir, entre outros, armas de fogo e equipamentos.
As investigações continuam para identificar outros envolvidos.
Baile funk investigado
A Polícia Civil cita o show de MC Poze na Cidade de Deus, comunidade na Zona Oeste do Rio, em que foi registrada a presença de homens armados, inclusive com armas de grosso calibre. A corporação também cita que “o cantor entoou diversas músicas enaltecendo a facção criminosa”. Foi aberta uma investigação para apurar a realização deste baile funk, no último dia 17.
No dia 19, durante operação da Polícia Civil para combater a venda de gelo contaminado para bares e quiosques das praias da Barra e do Recreio, o policial civil José Antônio Lourenço, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) morreu ao ser baleado na cabeça. O agente chegou a ser socorrido para o Hospital municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas seu estado era “muito grave” e não resistiu.
Inquérito anterior
Durante a operação nesta manhã, MC Poze teve um carro apreendido, isto por conta de uma infração administrativa. No documento do veículo consta que ele deveria ser da cor preta. Este é um dos carros que foram apreendidos em novembro do ano passado, quando o cantor foi alvo de outra operação policial. Na época, Vivi Noronha, esposa dele, foi alvo de mandados de busca e apreensão durante investigação sobre fraudes em rifas online, que incluia o nome de outros influenciadores. Os veículos foram recuperados em abril apenas.
No inquérito sobre fraudes em rifas, Poze do Rodo aparece como investigado, e não chegou a ser alvo de ações. Em novembro do ano passado, horas antes de a polícia chegar na casa do casal, no Recreio, o MC havia compartilhado o sorteio de um carro no Instagram.
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