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Azul apresenta pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. Voos e vendas de bilhetes estão mantidos

   
   
 

De acordo com a companhia, processo vai eliminar mais de US$ 2 bilhões em dívidas. A empresa aérea Azul entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. O anúncio oficial foi feito nesta quarta-feira (dia 28). De acordo com a companhia, a reestruturação prevê US$ 1,6 bilhão em financiamento e até US$ 950 milhões em novos aportes de capital.
A companhia informou que a recuperação judicial vai eliminar mais de US$ 2 bilhões em dívidas. A decisão de entrar no chamado Chapter 11 foi antecipada nesta terça-feira pelo Valor Econômico.
A companhia ressalta que suas operações e vendas de bilhetes seguem normalmente, sem alterações para os passageiros.
Pedido esperado
O pedido era esperado, mas teve reação negativa do mercado. Em Nova York, as ADRs (recibos de depósito das ações da companhia listadas no Brasil) chegaram a cair 30% nas negociações desta manhã, antes da abertura do mercado formal, a US$ 0,35. A Bolsa de Valores no Brasil abre às 10h.
De acordo com comunicado, a companhia tem o apoio dos seus parceiros estratégicos, United Airlines e American Airlines, e de seus principais credores, incluindo a AerCap, maior arrendadora de aviões para a empresa. A dívida com a AerCap representa a maior parte das obrigações da Azul com leasing.
“A Azul continua a voar — hoje, amanhã e no futuro. Esses acordos (com os credores) marcam um passo significativo na transformação do nosso negócio, pois nos permitirá emergir como líderes do setor nos principais aspectos da nossa atividade”, afirmou John Rodgerson, CEO da Azul, em comunicado ao mercado.
Dificuldades financeiras
A empresa vinha enfrentando dificuldades financeiras há meses. Rodgerson atribuiu a situação da companhia à “pandemia, turbulências macroeconômicas e problemas na cadeia de suprimentos da aviação”.
De acordo com o comunicado ao mercado, o financiamento de US$ 1,6 bilhão via DIP, mecanismo de aporte financeiro usado por companhias em recuperação judicial, já está acertado. Ele será usado para refinanciar algumas dívidas e prover cerca de US$ 670 milhões em liquidez ao longo do processo.
Ao final da reestruturação, está prevista uma oferta de subscrição de ações de até US$ 650 milhões para quitar parte do empréstimo. Os documentos entregues à Justiça americana também contemplam um possível investimento adicional de até US$ 300 milhões por parte da United Airlines e American Airlines, sujeito a determinadas condições.
Parceria com a United
A United começou sua parceria com a Azul em 2014 e investiu na companhia no ano seguinte.
“Apoiamos a reestruturação e firmamos um novo acordo para construir uma parceria ainda mais forte”, afirmou Andrew Nocella, vice-presidente executivo e Chief Commercial Officer da United Airlines.
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