‘Há um farto conjunto de provas’, diz diretor de perícias da PF sobre assassinato de ex-delegado

O diretor técnico-científico da Polícia Federal (PF), Roberto Reis Monteiro Neto, afirmou nesta terça-feira (16) que o caso do assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil Ruy Ferraz Fontes é um quadro “cheio de provas periciais”.
Ruy foi morto na segunda-feira (15), em Praia Grande, no litoral paulista. Fontes atuou por mais de 40 anos na Polícia Civil e teve papel central no combate ao crime organizado, sendo pioneiro nas investigações sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Ele estava aposentado da corporação e, desde janeiro de 2023, atuava na Secretaria de Administração de Praia Grande.
Durante o velório do ex-delegado, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que já identificou um suspeito da execução e vai pedir a prisão temporária dele.
Primeiro suspeito do assassinato do ex-delegado Ruy Fontes foi identificado, afirma Derrite
A Polícia Federal disponibilizou seu banco de dados balísticos, que tem sistema integrado para rastrear armas e munições, e também a perícia para reconhecimento facial à disposição da Polícia Civil de São Paulo – uma forma de ajudar nas investigações a partir de aparato tecnológico.
O diretor da PF detalhou, em entrevista à GloboNews, como funciona o sistema de rastreio de armas.
“O Sistema Nacional de Análise Balística tem 40 laboratórios em todos os estados da federação. Eles são capazes de analisar vestígios relacionados a armas de fogo”, explicou o especialista.
“Por exemplo: quando um projétil é disparado, ele ejeta uma parte dele; o projétil tem marcas que são geradas pelo cano da arma, todos esses são dados que compõem esse perfil balístico e que podem ajudar a chegar aos autores”.
Monteiro Neteo também explicou que o banco de dados de reconhecimento facial pode ajudar a identificar os autores que aparecem nas imagens divulgadas e em imagens de atos preparatórios dessa execução.
“Hoje temos vestígios, é possível regredir no tempo usando o circuito de câmeras. Podemos colocar a imagem dessa pessoa por meio da comparação de base de dados e, mesmo que a pessoa esteja de óculos e boné, é possível identificar essa pessoa banco de dados facial”, disse.
A Polícia Federal ofereceu ajuda ao Governo de São Paulo na investigação da morte do delegado Ruy Ferraz Fontes.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, conversou com o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite. Hoje a investigação é conduzida pela Polícia Civil de São Paulo.
Derrite agradeceu o apoio, e disse que demandará conforme necessidade.
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Derrite recusa ajuda da PF e diz que execução de ex-delegado geral será investigada só pelo governo de SP


O secretário de Segurança Pública de SP, Guilherme Derrite (PL), e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
Montagem/g1/Reprodução/TV Globo e Lula Marques/Agência Brasil
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL), agradeceu e recusou o apoio oferecido pelo Ministério da Justiça para ajudar esclarecer o assassinato do ex-delegado geral de SP – Ruy Ferraz Fontes – e disse que as policiais estaduais estão mobilizadas para identificar e prender os assassinos envolvidos na execução.
A fala de Derrite foi na saída do velório do corpo do doutor Ruy, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), ao ser indagado sobre a ligação feita pelo ministro Ricardo Lewandowski ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, também ofereceu apoio.
“Agradecemos o apoio da Polícia Federal, mas no momento todo o aparato do estado aqui é 100% capaz de dar a pronta resposta necessária. Tanto é que, em pouquíssimas horas, o primeiro indivíduo [ligado ao crime] já foi identificado e qualificado. Nós vamos continuar realizando esse trabalho”, afirmou.
Também durante o velório, Derrite diz que já identificou um suspeito pela execução e vai pedir a prisão temporária dele.
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“Nós temos diretamente envolvidos o DHPP, o DEIC. Os policiais estão nas ruas desde ontem [segunda], quando soubemos do assassinato. Eles não pararam de trabalhar e não vão parar de trabalhar”, disse Derrite.
Apesar da recusa na ajuda direta da PF nas investigações, o secretário da SSP paulista disse que o governo federal pode repassar informações que ajudem a prender os assassinos do ex-delegado geral, mas que esse trabalho será comandado pela Polícia Civil paulista.
“A Polícia Federal se colocou à disposição. Se eles tiverem alguma informação e quiserem colaborar, obviamente vai ser bem aceito. Nosso objetivo é prender os criminosos. Todos nós estamos desprovidos de eventual vaidade, porque nós somos policiais e polícia é um órgão de estado, não de governo. E eu confio 100% no trabalho da Polícia Civil do Estado de SP”, declarou.
“Eu dou a certeza para todos vocês é que todos que cometeram esse crime vão pagar por isso”, completou.
Mais cedo, em Brasília, o ministro da Justiça do governo Lula (PT) disse que ligou para o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para se colocar à disposição para auxiliar nas investigações.
“O crime organizado ataca a soberania. (…) Nós nos colocamos à disposição do estado, sobretudo no que diz respeito à Polícia Científica. Nós temos um banco de dados no que diz respeito a balística, DNA, informações, tudo isso nós colocamos à disposição, se necessário, do governo de São Paulo”, disse o ministro.
“É preciso que essas forças dialoguem entre si. O governo federal não tem nenhum interesse em ingerir nos Estados e municípios em termos de segurança pública (…). A criminalidade que tanto nos aflige não é só nacional. Ela precisa ser atacado de forma coordenada tanto internamente nos países como internacionalmente”, declarou.
Velório na Alesp
Corpo do ex-delegado-geral da Polícia Civil paulista Ruy Ferraz Fontes chega à Alesp
O corpo do ex-delegado-geral da Polícia Civil paulista Ruy Ferraz Fontes, executado por criminosos na Praia Grande, no litoral do estado, começou a ser velado na manhã desta terça-feira (16) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), na capital.
Por volta das 7h30, o corpo deixou o Instituto Médico Legal (IML), no Centro da capital, no carro da funerária e chegou na Alesp às 11h10, onde será velado até as 15h. O velório público é acompanhado por amigos, familiares, políticos e autoridades do estado de São Paulo.
Entre os presentes está o secretário Derrite, deputados estaduais e federais, além do prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), e vários integrantes do governo de São Paulo e da Polícia Civil.
Corpo de Ruy Ferraz chega à Alesp, em São Paulo, para velório público com presença de autoridades.
Bervelin Albuquerque/g1
O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, também compareceu às despedidas ao ex-delegado geral do estado.
O enterro está previsto para as 16h no Cemitério da Paz, no Morumbi. É esperada a presença de diversas autoridades, entre elas a do secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.
A investigação tem duas suspeitas principais para a motivação do crime:
Vingança em razão da atuação histórica de Ruy Fontes contra os chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC)
Reação de criminosos contrariados pela atuação dele à frente de Secretaria de Administração da Prefeitura de Praia Grande.
O ex-delegado geral da Polícia Civil de São Paulo Ruy Ferraz Fontes.
Divulgação/GESP
O governador Tarcísio de Freitas determinou mobilização total da polícia, com a criação de uma força-tarefa para identificar os assassinos.
“Estou estarrecido. É muita ousadia. Uma ação muito planejada, por tudo que me foi relatado. O delegado Ruy percebeu que estava sendo atacado, tentou escapar da emboscada, mas foi covardemente assassinado”, afirmou o governador.
A força-tarefa, segundo Tarcísio, envolverá o Deic e o DHPP, principalmente. Ambos os departamentos contam com policiais que têm muitos informantes no crime organizado e que podem ajudar a elucidar a execução de Ruy.
O ex-delegado-geral atuou há mais de 20 anos na prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e no combate ao PCC no estado.
O que se sabe sobre a execução do delegado Ruy Ferraz Fontes em SP
Carro suspeito de ter sido usado no atentado contra delegado é encontrado incendiado
Criminosos atiraram mais de 20 vezes em atentado contra delegado
Veja o passo a passo da execução do delegado
Ruy Ferraz Fontes foi assaltado com arma na cabeça um ano antes de execução
Câmeras registraram execução
Câmeras de segurança gravaram o momento em que criminosos em um carro perseguem o veículo da vítima, que bate em um ônibus. Em seguida, o grupo desembarca do automóvel e atira em Ruy (veja vídeo nesta reportagem).
Delegado Ruy Ferraz Fontes é executado a tiros em Praia Grande, SP
“Estou em choque, fui o último a falar com ele [por telefone]”, disse ao g1 Marcio Christino, ex-promotor que atuou no combate à facção e seus chefes, no início dos anos 2000, com Ruy, que à época era delegado no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), na capital paulista. Atualmente, Christino é procurador de Justiça.
Christino chegou a mencionar a atuação de Ruy como delegado contra o Primeiro Comando da Capital no livro “Laços de sangue: A história secreta do PCC”, que escreveu com o jornalista Claudio Tognolli. Foram mais de 40 anos como policial.
O ex-delegado-geral comandou a Polícia Civil paulista entre 2019 e 2022, quando foi indicado pelo então governador João Doria, à época no PSDB.
Ele também atuou no Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Departamento Estadual de Investigações contra Narcóticos (Denarc) e no Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap).
“[Ruy] foi uma das pessoas que prenderam o Marcola ao longo da história do PCC, que esteve passo a passo nesse enfrentamento ao PCC, e ser executado dessa maneira. Isso mostra, infelizmente, o poderio do crime organizado, a falta de controle que o crime organizado tem dentro do Brasil, dentro do estado de São Paulo. É uma ação extremamente ousada”, disse Rafael Alcadipani, professor da Faculdade Getulio Vargas e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Formado em direito pela Faculdade de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, Ruy se tornou delegado depois e começou a investigar o PCC no início dos anos 2000.
Quando esteva no Deic, participou das prisões de alguns dos chefes da facção, incluindo Marcola, por tráfico de drogas, formação de quadrilha e outros crimes relacionados ao grupo criminoso.
Ex-delegado-geral de SP é assassinado no litoral de SP
Em 2006, ele e sua equipe de policiais indiciaram Marcola e a cúpula do Primeiro Comando da Capital.
Segundo Christino, ele, Ruy e todas as autoridades, sejam elas do MP ou da polícia que atuaram no combate à facção, já foram ameaçadas antes pelo PCC. “Ele [Ruy], eu e todos que trabalharam naqueles casos, inclusive nos ataques de 2006.”
Criminosos fogem após executar o delegado Ruy Ferraz Fontes no litoral de São Paulo
Reprodução
Em 2006, ordens do PCC de dentro das cadeias determinaram uma série de ataques contra agentes de segurança pública devido à decisão do governo paulista de transferir as lideranças da facção, incluindo Marcola, para o presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau, no interior do estado.
Indagado se Ruy lhe contou se estava recebendo ameaças recentemente, Christino respondeu que “não”.
Infográfico – Dr. Ruy Ferraz é morto a tiros em praia Grande
Arte/g1
* Sob supervisão de Cíntia Acayaba
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Ex-delegado era reservado e não usava carro blindado; prefeito suspeita de execução com ‘informação privilegiada’


Prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão lamenta morte de Ruy Ferraz Fontes
O prefeito de Praia Grande, no litoral de São Paulo, Alberto Mourão (MDB), afirmou ao g1 que os assassinos do ex-delegado-geral de Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes tiveram “informação privilegiada” sobre a rotina da vítima, que ainda conduziu o carro por aproximadamente 600 metros antes de ser executado. Ele divulgou um vídeo lamentando a morte de Ruy, que era secretário municipal de Administração (assista acima).
A execução ocorreu na última segunda-feira (15), na Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas, no bairro Nova Mirim. Os carros usados pelos criminosos tinham sido roubados na cidade de São Paulo e foram encontrados pela polícia. O delegado Ruy foi velado nesta terça-feira (16) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), na capital.
De acordo com o prefeito, o ex-delegado não falava sobre a vida policial. “Ele era muito reservado”, explicou. Apesar disso, Mourão contou que o atual secretário andava armado e tinha carro blindado, mas só usava o veículo quando ia para São Paulo.
“Ele tinha dois carros. Um que ele andava por aqui (no litoral paulista) e, quando ia para São Paulo, usava o blindado”, relembrou o prefeito.
Vídeo mostra primeiro ataque a delegado após assassinos fazerem 15 minutos de tocaia
Arma de ex-delegado Ruy Ferraz estava na bolsa dele durante ataque, diz delegado
Governo de SP cria força-tarefa para prender assassinos de ex-delegado
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‘Informação privilegiada’
Mourão revelou que o primeiro ataque contra o ex-delegado ocorreu quando ele estava saindo da prefeitura. Os criminosos dispararam ainda de dentro do carro. Por isso, o chefe do Executivo acredita que os assassinos tinham dados sobre a rotina de Fontes.
Prefeito Alberto Mourão falou sobre a execução do secretário de Administração, e ex-delegado-geral, Ruy Ferraz.
Prefeitura de Praia Grande e Reprodução
“Quem matou o Ruy tinha informação privilegiada. Ele não costumava sair da prefeitura neste horário”, relatou.
O prefeito informou que os tiros só não entraram no prédio da prefeitura porque acertaram pallets de comida que estavam na porta. “Encontramos 17 cápsulas de bala no chão”, relatou.
Fuga
Segundo Mourão, o ex-delegado chegou a fugir de carro por alguns metros. “Ele não foi morto na hora. Então ainda andou cerca de 600 metros com o carro, mas o carro foi obstruído pelo ônibus e ele foi alcançado pelos bandidos”, lamentou.
Vídeo mostra primeiro ataque a delegado após assassinos fazerem 15 minutos de tocaia.
Reprodução
Confundiu tiros com trovoadas
Ao g1, Alberto Mourão disse que estava em uma reunião na Secretaria de Educação no momento da execução e chegou a ouvir os disparos.
“Foi ali na frente. Eu pensei que era trovoada, que ia chover”, disse o prefeito, que soube do crime ao receber uma ligação minutos depois.
Motivação
Mourão não acredita que a morte do ex-delegado tenha relação com o cargo que ele ocupava na prefeitura, pois, como secretário de Administração, Fontes cuidava de compras, recursos humanos e patrimônio.
“Ele estava tranquilo, não contrariou interesse de ninguém”, afirmou o prefeito, dizendo que não soube de nenhum problema relacionado ao ex-delegado na administração.
“Se tivesse sido algum problema administrativo, os caras não iam vir com três metralhadoras”, disse.
Entenda o que se sabe sobre a execução do delegado Ruy Ferraz Fontes
Secretaria de Administração
Mourão disse ainda que conheceu com Ruy Ferraz Fontes quando ele era delegado-geral e teve uma boa relação com ele, pois ouviu as necessidades da cidade na época.
“Por isso, ele veio trabalhar com a gente. Vai fazer muita falta”, finalizou o prefeito de Praia Grande.
Delegado Ruy Ferraz Fontes é executado a tiros em Praia Grande, SP
Força-tarefa
A Secretaria de Segurança Pública de SP determinou uma força-tarefa integrada das polícias Civil e Militar, visando a identificação e localização dos criminosos envolvidos no homicídio do ex-delegado-geral Ruy Fontes. A perseguição foi registrada por câmeras de monitoramento (veja abaixo).
Segundo a SSP, equipes do DHPP, Deic, Garra/Dope, Cercos da capital e do Deinter 6 estão em diligências contínuas na região com apoio de batalhões da Polícia Militar, incluindo o Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) de Santos e equipes da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA).
O caso foi registrado junto à Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Praia Grande e será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio de demais departamentos.
Segundo a SSP, dois veículos foram apreendidos na ocorrência e imagens de câmeras de segurança são analisadas. Também foram requisitados exames ao Instituto de Criminalística (IC), que estão em elaboração. O corpo do ex-Delegado foi encaminhado para o IML Central da capital paulista e liberado para familiares.
Polícia investiga o assassinato do ex-delegado geral Ruy Ferraz Fontes
Reprodução/TV Globo
O crime
O assassinato de Ruy Ferraz Pontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil, ocorreram momentos após ele cumprir expediente na Prefeitura de Praia Grande, no litoral de São Paulo, onde era Secretário de Administração. O local do crime fica a cerca de 650 metros do Paço Municipal, e a perseguição foi registrada por câmeras de monitoramento (veja acima).
O crime aconteceu na Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas, por volta das 18h de segunda-feira (15), no bairro Nova Mirim, perto do Fórum. Segundo a PM, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou a morte de Ruy no local.
Segundo o boletim de ocorrência, a Guarda Civil Municipal (GCM) encontrou vestígios de disparo de arma de fogo próximo da Secretaria de Educação (Seduc), revelando que a perseguição já vinha acontecendo em ruas paralelas. A pasta fica entre as ruas Primeiro de Janeiro e José Borges Neto.
Após sair da prefeitura, as imagens de monitoramento mostram o carro de Ruy trafegando pela Rua Primeiro de Janeiro. Ele tenta acessar a Avenida Doutor Roberto de Almeida Vinhas, mas colide com um ônibus e o veículo capota. Em seguida, três criminosos portando fuzis desembarcam de uma caminhonete que estava logo e atiram contra Ruy.
Conforme a PM, informações iniciais indicaram que Ruy Ferraz Fontes perdeu o controle do veículo após ser baleado, mas isso ainda será confirmado nas diligências.
A Prefeitura de Praia Grande e a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) lamentaram a morte do delegado.
Novos vídeos mostram tiros e desespero de testemunhas durante execução de ex-delegado
Dois feridos
A Prefeitura de Praia Grande informou que um homem e uma mulher que caminhavam pelo local também foram baleados e atendidos pelas equipes do Samu, encaminhados inicialmente para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Quietude.
De acordo com o município, as vítimas não correm risco de morte e foram transferidas para o Hospital Municipal Irmã Dulce, também na cidade.
Delegado Ruy Ferraz Fontes é executado a tiros no litoral de SP
Prefeitura de Praia Grande e Reprodução
Quem era Ruy Ferraz Fontes
Ruy Fontes foi delegado-geral de São Paulo entre 2019 e 2022 e atuou por mais de 40 anos na Polícia Civil. Teve papel central no combate ao crime organizado e foi pioneiro nas investigações sobre o PCC. Comandou divisões como Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Departamento Estadual de Investigações contra Narcóticos (Denarc), além de dirigir o Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap).
Formado em Direito pela Faculdade de São Bernardo do Campo, com pós-graduação em Direito Civil, Fontes teve passagens por delegacias especializadas como o DHPP, o Denarc e o Deic.
Foi justamente no Deic, no início dos anos 2000, como chefe da 5ª Delegacia de Roubo a Bancos, que ele iniciou investigações sobre o PCC, sendo responsável por prender lideranças da facção e mapear sua estrutura criminosa.
Sua atuação foi decisiva durante os ataques de maio de 2006, quando o PCC promoveu uma série de ações violentas contra forças de segurança em São Paulo.
Entre 2019 e 2022, comandou a Delegacia Geral de Polícia do Estado de São Paulo. Nesse período, liderou a transferência de chefes do PCC de presídios paulistas para unidades federais em outros estados, medida considerada estratégica para enfraquecer o poder da facção dentro das cadeias.
Ruy Fontes participou de cursos no Brasil, na França e no Canadá, e também foi professor de Criminologia e Direito Processual Penal.
Ele estava aposentado da Polícia Civil. Em janeiro de 2023, assumiu a Secretaria de Administração de Praia Grande, cargo que ocupava até agora, quando foi assassinado.
VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos
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Paciente com câncer realiza sonho de casar durante internação em hospital em Natal


Casal oficializa união após 10 anos juntos em cerimônia dentro do Huol, em Natal
Divulgação/Huol
Um paciente em tratamento contra o câncer realizou o sonho de se casar com a companheira durante a internação no Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN), em Natal.
A cerimônia aconteceu na última sexta-feira (12), na enfermaria da oncologia, e contou com a presença de um padre para a bênção do matrimônio.
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José Raniere Simão Fernandes oficializou a união com Clecia Darc da Cruz após dez anos de relacionamento. O pedido partiu do casal, que já tinha planos de se casar antes do diagnóstico da doença.
Profissionais da equipe multidisciplinar do hospital se mobilizaram para organizar o momento. A médica especialista em cuidados paliativos, Laís Abreu, explicou a iniciativa.
“Mais que o controle de sintomas físicos, buscamos honrar a história desse paciente. Muitas vezes os planos parecem ser interrompidos pela doença, mas eles podem sim continuar a ser executados na internação”, afirmou.
Residente em Arez, no interior do Rio Grande do Norte, Clecia contou que a internação aproximou ainda mais os dois.
“Viemos aqui procurar o tratamento para o câncer e o amor da gente aumentou ainda mais. Não larguei a mão dele de jeito nenhum e estamos lutando até agora”, disse.
Após a cerimônia, ela destacou a realização do desejo do casal.
“Estamos juntos há 10 anos e há algum tempo estávamos correndo atrás desse casamento. Estou muito feliz, independente da situação, só tenho que agradecer a Deus por estarmos casados. Também agradeço ao pessoal do hospital que nos acolheu e nos atendeu muito bem”, afirmou.
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Como lavar e guardar cobertores corretamente para evitar mofo e cheiro de ‘guardado’


Como lavar e guardar cobertores corretamente para evitar mofo e cheiro de ‘guardado’
Senivpetro/Freepik
Com a chegada da primavera e a aproximação do calor, começa também a temporada de guardar de volta todos os cobertores usados durante o inverno.
Armazenar essas peças da maneira errada, com vestígios de umidade e pouca ventilação, pode resultar em mofo, mau cheiro e até danos ao tecido.
Às vezes, a solução pode estar até no momento anterior ao armazenamento, como garantir que a lavagem seja adequada ou simplesmente limpar o guarda-roupa. Abaixo, aprenda a conservar suas peças até o próximo inverno.
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🛑📦Nada de guardar no saco plástico
Se você costuma guardar seus cobertores em sacos plásticos, atenção: essa prática pode estar prejudicando suas peças pela falta de circulação de ar.
Segundo a organizadora profissional Ana Ziccardi, a recomendação é usar sacos de tecido no lugar ou preferir caixas organizadoras com buracos para ventilação.
“Guarde em embalagens de algodão ou TNT (tecido não-tecido) para proteger da poeira”, sugere Ziccardi.
Ela também orienta prestar atenção ao clima: “Se em sua cidade, as temperaturas altas permanecem por muito tempo, é aconselhável retirar as peças das embalagens mensalmente para arejar”.
Para quem vive em regiões mais úmidas, esse cuidado deve ser ainda maior. “Se sua cidade for muito úmida, guarde as peças em sacos a vácuo e em ambientes com desumidificadores”, diz Ana Ziccardi.
E um detalhe que pode parecer pequeno faz toda a diferença: abrir as portas do armário pelo menos uma vez ao mês ajuda a evitar mofo e odores desagradáveis.
🧼🧽O guarda-roupa também precisa estar limpo
Um erro comum é lavar bem a roupa de cama e guardá-la em um local cheio de poeira.
“Enquanto sua coberta seca, limpe seu guarda-roupa. Afinal, de nada adiantará lavar a peça se o local de armazenagem estiver com poeira”, diz a Loja Donna, especializada em roupas de cama.
A limpeza pode ser feita com o uso de pano com álcool ou solução desinfetante para eliminar germes.
🧼👚 Cuidados na lavagem: como não estragar seus cobertores
A organizadora profissional Ana Ziccardi dá dicas de como lavar cada tipo de coberta:
🧶 Cobertores de lã ou lã acrílica
Leia a etiqueta de lavagem e verifique se a peça pode ser lavada à máquina.
Encha um balde grande ou o tanque com água fria, coloque a peça e deixe por 10 minutos, retire da água e repita a operação mais 2 vezes ou até a água permanecer clara. Este procedimento é para “soltar” a poeira que fica na peça.
Coloque na máquina no ciclo delicado, sempre com água fria, com sabão líquido e, no local do amaciante, coloque vinagre de álcool.
Deixe secar à sombra.
Cuidado com a secadora: temperaturas altas danificam a fibra da lã. Use por no máximo 10 minutos e em até 40 °C.
🛏️Edredons
Edredons mais leves podem ser lavados em casa, na máquina de lavar, sempre no ciclo delicado. Se for muito pesado, prefira levar à lavanderia para não danificar sua máquina.
Faça o mesmo procedimento para retirar o excesso de poeira: coloque o edredom de molho em água fria por 10 minutos e repita até que a água saia clara.
Depois, coloque na máquina com água fria, usando sabão líquido e vinagre de álcool.
Ao completar o ciclo, retire da máquina, sacuda bem a peça para soltar o enchimento e pendure normalmente para secar.
Dica extra: para ajudar a soltar os grumos no enchimento que se formam durante a lavagem, coloque a peça em um saco grande junto a uma bola de tênis e gire o saco algumas vezes, para gerar atrito entre os objetos. Se tiver secadora, pode colocar a peça por 15 minutos com a bola de tênis.
🌞📅 Quando guardar os cobertores? O momento ideal para o armazenamento
A preparação para guardar as peças deve começar junto ao início do calor, quando elas deixam de ser usadas com frequência.
“Indica-se que inicie esse trabalho quando a temporada de verão começar”, orienta a Donna. O tempo quente favorece a secagem completa, evitando que a umidade fique retida nos tecidos.
Abaixo, veja produtos para ajudar a limpar e organizar seus cobertores, por R$ 7 a R$ 100, e colchas de algodão, mais frescas e adequadas para a nova estação, desde R$ 300. Os preços foram consultados em setembro, nas principais lojas on-line.
Colcha piquet lisa 100% algodão tamanho king
Colcha casal Buddemeyer In Design verde
Colcha casal Karsten com 2 porta-travesseiros Dantas branco
Desinfetante Bak Ypê lavanda 5 L
Desinfetante Mariner Azulim 5l Start
Álcool Coperalcool Tradicional 1L
Álcool líquido com bicarbonato Zulu 1l
Caixa organizadora Cube preta 32 L
Caixa organizadora Hzor cube 5.3L
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Sargento da PM morre em acidente na BR-104 em Branquinha


Sargento da PM morre em colisão entre carro e caminhão na BR-104, em Branquinha
Um sargento da Polícia Militar de Alagoas morreu em um grave acidente registrado na madrugada deste domingo (14) no município de Branquinha, Zona da Mata do Estado. A colisão frontal entre o carro conduzido pelo militar e um caminhão ocorreu no quilômetro 48 da BR-104 e deixou a rodovia totalmente bloqueada nos dois sentidos.
Imagens registradas por uma câmera do caminhão mostram quando o carro do militar invade a pista contrária, após uma curva. Os veículos, que seguiam em sentidos opostos, acabam colidindo de frente. O carro do sargento parou no meio da pista, enquanto o caminhão ficou à margem da rodovia, após frear perto a uma área de vegetação.
A vítima foi identificada como Flávio Acioli da Silva. O veículo que ele dirigia ficou completamente destruído após o impacto e o corpo do policial ficou preso às ferragens. Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas para realizar o resgate, mas o óbito foi constatado ainda no local por profissionais do Samu.
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Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que assumiu os procedimentos de perícia e controle do tráfego, o motorista do caminhão não sofreu ferimentos. A Polícia Científica e o Instituto Médico Legal (IML) também estiveram no trecho para recolher o corpo e analisar as circunstâncias do acidente.
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Arquivo pessoal
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Homem é preso em Rio Bonito por estupro de criança de 9 anos

Um homem foi preso nesta terça-feira (9) em Rio Bonito, na Região Metropolitana do Rio, acusado de estuprar uma criança de 9 anos. A prisão foi realizada por agentes da 119ª DP, com apoio de policiais militares, no bairro Green Valley, após troca de informações de inteligência.

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