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Irlandês foi resgatado ano passado em Monte Rinjani, onde brasileira foi encontrada morta; entenda

 

Paul Farrel, de 31 anos, conseguir sinal de celular e acionou o socorro, após escorregar 200 metros penhasco abaixo A segunda montanha mais alta da Indonésia, com 3.726 metros de altitude, e um dos vulcões mais ativos do país, o Monte Rinjani é um chamariz para os amantes de aventura e testemunha de acidentes recorrentes, como o que vitimou a publicitária brasileira Juliana Marins, cujo corpo foi encontrado na terça-feira (24) pelas equipes de resgate. Curiosamente, porém, o histórico de quedas na encosta inclui desfechos positivos. É o caso do Irlandês Paul Farrel, de 31 anos, que, em outubro do ano passado, caiu de um penhasco de cerca de 200 metros de altura quando fazia uma trilha sozinho. Ele foi resgatado após conseguir sinal de celular e acionar o socorro.
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Paul ligou para um resort local pedindo ajuda após a queda. As autoridades, então, foram notificadas do acidente e mobilizaram uma equipe de resgate que já estava próximo removendo o corpo de um outro homem que havia caído.
Aliviado, Paul Farrel resolveu acender um cigarro após ser encontrado
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O irlandês foi encontrado com ferimentos leves no ombro e com cortes profundos no rosto, nas pernas e nos braços. O dia estava ensolarado e, quando as equipes de resgate chegaram, Paul se protegia na sombra de uma formação rochosa. Aliviado por ter sido encontrado, Paul acendeu um cigarro e agradeceu aos socorristas.
— Muito obrigado. Vocês salvaram minha vida. Eu nunca teria conseguido voltar sem vocês — teria dito ele, de acordo com a mídia local.
Socorrista desce de rapel até Paul Farrel
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Vídeos divulgados nas redes sociais mostram um socorrista descendo a montanha de rapel e, em seguida, sendo puxado por uma corda junto com a vítima por uma equipe no cume.
Poucos dias antes, o corpo do indonésio Kaifat Rafi Mubarraq, de apenas 16 anos, foi encontrado após mais de uma semana de buscas com drones e equipes terrestres. O jovem desapareceu no dia 29 de setembro durante uma trilha com amigos. Ele caiu em uma ravina na região de Pelawan Sembalun, e o mau tempo dificultou o resgate.
Outros acidentes
As trilhas traiçoeiras e o terreno acidentado já provocaram quedas fatais e resgates dramáticos. O acidente mais recente até o caso da brasileira foi com o malaio Rennie Bin Abdul Ghani, de 57 anos. Em 5 de maio de 2025, durante a descida da área do Lago Segara Anak pela trilha Torean, Rennie se afastou do grupo e caiu em uma ravina de 80 metros. Apesar do esforço das equipes de busca e salvamento, ele foi encontrado já sem vida.
Segundo a Autoridade do Parque Nacional de Rinjani, o grupo havia parado para descansar quando Rennie decidiu seguir sozinho à frente, desconsiderando o protocolo de segurança.
A operação de evacuação durou mais de três horas devido à complexidade do terreno. Segundo testemunhas, Rennie dispensou o uso de cordas de segurança, o que pode ter contribuído para a tragédia.
Em agosto de 2022, um jovem israelense de 19 anos perdeu a vida durante uma escalada no Monte Rinjani. A queda foi fatal, e o corpo só foi recuperado após operação conjunta entre equipes locais e uma empresa israelense especializada em busca e resgate. O caso mobilizou inclusive o consulado israelense em Singapura.
O Monte Rinjani
Com 3.726 metros de altitude, o Monte Rinjani é o segundo pico mais alto da Indonésia e um dos vulcões ativos do país. Localizado na ilha de Lombok, o monte faz parte do Parque Nacional Gunung Rinjani, uma área protegida e reverenciada tanto por sua imponência geológica quanto por seu valor espiritual para os locais.
Juliana Marins na Indonésia
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A trilha até o cume pode durar de dois a quatro dias, dependendo da rota, e atravessa florestas densas, desfiladeiros íngremes e áreas de altitude com temperaturas que podem despencar durante a noite. O parque nacional recebe entre 40 mil e 50 mil visitantes por ano — a maioria atraída pelas paisagens exuberantes, pelo lago da cratera Segara Anak e pela possibilidade de acampar em plena borda vulcânica.
Mesmo com a presença de guias credenciados e o controle de acesso ao parque, o Rinjani continua sendo um desafio físico e psicológico. Segundo o chefe do Centro de Conservação de Rinjani, Yemen, os acidentes são recorrentes principalmente entre turistas que não conhecem bem as condições do terreno. “É fundamental estar física e mentalmente preparado e nunca subestimar o desafio que o Rinjani representa”, disse em entrevista à agência Antara.
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