Brasileira permanece presa há três dias em penhasco; jornais como BBC, El País e New York Post acompanham o caso com atenção
A operação de resgate da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que caiu em uma cratera do Monte Rinjani, na Indonésia, segue mobilizando esforços e gerando repercussão global. Nesta segunda-feira (23/6), autoridades locais retomaram as buscas e confirmaram que ela continua presa em um penhasco rochoso a cerca de 500 metros de profundidade, onde foi localizada por um drone, aparentemente imóvel.
Desde sábado à tarde, Juliana não dá sinais de contato direto. Ela foi avistada pela última vez às 17h10 (horário local), em imagens registradas por turistas. A jovem, que fazia uma trilha no segundo vulcão mais alto da Indonésia, está há três dias sem acesso a água, comida ou agasalhos, o que elevou o nível de alerta e aumentou a cobrança de familiares por respostas mais ágeis.
Família critica demora nas buscas
Parentes de Juliana denunciaram o que classificam como negligência das autoridades locais, especialmente após mais um recuo nas tentativas de resgate. A família apelou por urgência, ressaltando que o tempo crítico de 72 horas — conhecido como “período dourado” para sobrevivência em ambientes extremos — está se esgotando.
Imprensa internacional repercute caso Juliana Marins
O drama de Juliana Marins ultrapassou fronteiras e ganhou atenção da imprensa estrangeira. O jornal britânico BBC entrevistou a família da brasileira e detalhou as ações de resgate em contato com autoridades do parque nacional.
Na Espanha, o jornal El País destacou a longa e exaustiva “caminhada de três dias” que Juliana enfrentou antes do acidente, bem como as críticas à gestão local da crise.
Nos Estados Unidos, o portal People e o New York Post noticiaram o desespero dos familiares. O periódico nova-iorquino chegou a afirmar que a família está “em pânico” e “implora por ajuda”.
Já o tabloide britânico Daily Mail publicou imagens impactantes da jovem “encolhida na encosta” do vulcão, após a queda.
Operação de resgate enfrenta dificuldades
Segundo o comunicado oficial do Parque Nacional Gunung Rinjani, duas equipes especializadas foram deslocadas para tentar alcançar Juliana. Uma delas tentou ancorar equipamentos a cerca de 350 metros de profundidade, mas encontrou obstáculos naturais — como saliências rochosas — que impediram a fixação segura dos cabos.
Sem alternativa, os socorristas iniciaram uma escalada manual pelo terreno, enfrentando neblina espessa, mudanças climáticas bruscas e riscos geológicos. Devido à baixa visibilidade e à instabilidade da encosta, a equipe decidiu recuar temporariamente para garantir a própria segurança.
Uso de helicóptero está sendo considerado
Em reunião emergencial com o governador da província de Sonda Ocidental, foi discutida a possibilidade de empregar helicópteros no resgate. O líder político pressionou por celeridade, destacando o caráter crítico do momento.
O chefe do Escritório de Mataram Basarnas reconheceu que a missão aérea é “tecnicamente possível”, mas ressaltou os desafios relacionados ao tipo de aeronave adequada e às condições climáticas imprevisíveis da região.
Apesar das dificuldades, a administração do parque garantiu que as equipes seguem mobilizadas:
“A segurança é o principal fator. A natureza deve ser respeitada, mas nossos esforços continuam com foco total na vida humana.”
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