Sul-americanos surpreendem na estreia, e rubro-negros se colocam entre os quatro melhores A primeira rodada do Mundial de Clubes da FIFA fecha nesta quarta-feira (18) com a entrada em campo de três das principais forças europeias: Manchester City, Real Madrid e Juventus. Como eu já havia citado neste espaço, é uma competição de perfil ainda indecifrável. Os europeus ainda não mostraram a superioridade esperada nos confrontos com equipes de outros continentes. Em seis jogos, venceram dois e empataram quatro – três deles com clubes sul-americanos. As vitórias foram sobre times da Nova Zelândia e Estados Unidos. E o único europeu derrotado (Atlético de Madrid) foi vencido por um outro europeu (Paris Saint Germain)
Os quatro brasileiros também não foram derrotados. E, apesar da ótima exibição do Fluminense no 0 a 0 com o Borussia, nesta terça-feira (17), foi o Flamengo de Filipe Luís quem me deixou a melhor impressão na comparação com os europeus. Não pelos 2 a 0 no Espérance, da Tunísia. Mas pela forma com que se impôs na partida, trocando 701 passes com relativa autoridade, como explico mais abaixo. O número de passes é o quarto maior, atrás de PSG (818), Bayern (786) e Chelsea (718), os três europeus vitoriosos até aqui. Eis aqui minhas impressões sobre os jogos dos brasileiros…
Igor Jesus fez o segundo gol da vitória de 2 a 1 do Botafogo sobre o Seattle Sounders
Buda Mendes / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP
BOTAFOGO 2 x 1 SEATTLE. O time de Renato Vieira alternou bons e maus momentos na estreia. Encontrou um adversário bem condicionado que dividiu as ações no primeiro tempo. Ainda assim, fez dois gols no primeiro tempo, aproveitando duas bolas cruzadas na área, mas não teve fôlego para sustentar o controle. Às alterações desorganizaram o Botafogo, e o Seattle terminou com 23 finalizações. A atuação alvinegra ficou aquém da expectativa.
Jogadores do Flamengo festejam o gol de Arrascaeta, que abriu a vitória rubro-negra
Gilvan de Souza / Flamengo
FLAMENGO 2 x 0 ESPÉRANCE. O gol de Arrascaeta aos 17 minutos tranquilizou o time de Filipe Luis, que, sem ansiedade, fez da troca passes a melhor estratégia para abrir a defesa tunisiana. Não era o jogo que a torcida esperava, ok. Mas mostrou-se eficiente. O gol de Luiz Araújo, aos 25 da fase final, selou a vitória e permitiu rodar o time. O problema é que após a saída de Gerson, Jorginho e Arrascaeta, o Espérance tomou conta e gerou desconforto.
Canobbio perdeu uma boa oportunidade em Fluminense x Borussia Dortmund
FRANCK FIFE / AFP
FLUMINENSE 0 x 0 BORÚSSIA. O 4-3-3 que Renato levou a campo para o confronto com os alemães, com três volantes de mobilidade se desdobrando no fechamento das linhas e na ida ao ataque, fez a diferença. O Borussia do croata Niko Kovac sentiu o ritmo, e só levou perigo nos chutes de fora área. O Fluminense gerou boas jogadas de ataque, finalizou duas vezes mais do que adversário (14 a 7), e o sistema defensivo deixou uma ótima impressão.
Palmeiras e Porto fizeram um dos confrontos mais equilibrados da primeira rodada do Mundial de Clubes da Fifa
Franck FIFE / AFP
PALMEIRAS 0 x 0 PORTO. Uma pena o confronto mais equilibrado envolvendo um clube brasileiro ter terminado no empate sem gols. O jogo foi bem disputado e, embora o Porto não esteja entre as forças da Europa, o nível competitivo exigiu do Palmeiras mais do que se esperava. Principalmente pelas ações do prodígio Rodrigo Mora. Quando Abel Ferreira trocou Maurício por Rafael Veiga, o time paulista melhorou e ficou próximo do gol da vitória.
