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Teerã lança ataques de drones e mísseis contra Tel Aviv após ordem de retirada, diz mídia iraniana

 

Uma petroquímica israelense disse que interrompeu sua produção por conta dos bombardeios, que danificaram as instalações e mataram três funcionários O Irã lançou sua nona onda de ataques, desta vez com drones e mísseis, contra Israel, nas cidades de Tel Aviv e Haifa, nesta segunda-feira, segundo a mídia iraniana. As Forças Armadas de Israel (IDF, na sigla em inglês) afirmaram que alguns drones que se aproximavam de Israel foram interceptados, o que provocou sirenes nas Colinas de Golã. Os ataques ocorreram após o bombardeio israelense que atingiu a TV estatal em Teerã, e enquanto o Irã dá sinais de que estaria aberto a negociar a trégua se os Estados Unidos detivessem Israel.
Pouco depois da onda de ataques, o Exército israelense reduziu seu nível de alerta e as pessoas puderam deixar seus abrigos.
Nesta segunda-feira, tanto Israel quanto o Irã emitiram ordens de retirada para suas capitais. No entanto, alguns ataques iranianos foram bem-sucedidos. Após o impacto de um míssil, todas as refinarias de petróleo de Israel foram fechadas, segundo a petroquímica Bazan. A empresa disse que interrompeu sua produção por conta dos bombardeios, que danificaram as instalações e mataram três funcionários.
Já em solo iraniano, o Exército israelense atacou o prédio da televisão estatal em Teerã, que teve que interromper temporariamente sua transmissão. No momento do ataque, câmeras capturaram uma apresentadora estatal, que criticava a ofensiva de Israel, abandonando rapidamente o set em meio à poeira e aos fragmentos do teto que se soltavam, segundo vídeos divulgados pela imprensa iraniana.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o ataque aos estúdios de televisão tinha como objetivo “interromper o poder de propaganda do regime”. Além disso, o premier sugeriu que assassinar o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, “acabaria com o conflito” entre os países. A declaração de Netanyahu ocorre após relatos de que o presidente americano, Donald Trump, teria vetado um plano israelense para matar Khamenei.
Nesta segunda, Israel pediu aos moradores de Teerã que se afastem de toda a infraestrutura militar. Com isso, muitos residentes de Teerã estão fugindo da capital, que é alvo de bombardeios israelenses, e um engarrafamento gigantesco se formou na rodovia principal que segue para o norte.
Os ataques israelenses já deixaram mais de 300 mortos e, pelo menos, mil feridos no Irã, segundo um balanço oficial de domingo. A onda de mísseis iranianos lançados em resposta a Israel causaram 24 mortes desde a sexta-feira, segundo o gabinete de Netanyahu.
Após quatro dias de intensos bombardeios contra bases militares, instalações nucleares, áreas urbanas e contra o setor energético, as lideranças iranianas dão sinais de que querem uma saída negociada para o conflito com Israel, e sugerem flexibilizar posições nas conversas com os EUA sobre seu programa atômico.
Contudo, o presidente americano ainda não fez gestos em direção a um de seus “grandes acordos”, e o premier israelense, além de rejeitar conversas, sugeriu que a morte do líder supremo do Irã poderia encerrar a guerra.
Nesta segunda-feira, o chanceler iraniano, Abbas Araghchi, cobrou uma atuação mais direta de Trump em direção a um cessar-fogo: segundo o diplomata, “basta um telefonema de Washington para amordaçar alguém como Netanyahu”, e “isso pode abrir caminho para o retorno da diplomacia”.
“Israel deve pôr fim a esta agressão e, na ausência de uma cessação completa da agressão militar contra nós, nossa resposta continuará”, escreveu Araghchi, criticando ainda uma potencial entrada dos EUA no conflito. “Por outro lado, atolar os EUA na Mãe das Guerras Eternas destruirá qualquer perspectiva de uma solução negociada, com consequências perigosas, imprevisíveis e provavelmente INCOMPREENSÍVEIS para a segurança regional e a economia global.”
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