Home / Política / Inflação venezuelana reflete crise de refugiados e disputa política

Inflação venezuelana reflete crise de refugiados e disputa política

Inflação venezuelana reflete crise de refugiados e disputa política

Os refugiados venezuelanos atingiram 6 milhões em 2024, segundo o ACNUR, mas o governo de Caracas acusa a agência de fazer parte de uma “máfia a serviço da Usaid”.

 

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) divulgou que, em 2024, mais de 6 milhões de refugiados venezuelanos perderam seu lar devido a “perseguições, conflitos, violações de direitos humanos e outras formas de violência”. Além disso, o informe registra 370.200 refugiados só no último ano. Em resposta contundente, a Venezuela rebateu nesta sexta‑feira (13): ACNUR é uma “máfia à serviço da Usaid”.

Além disso, o relatório aponta que a Venezuela lidera o ranking de pessoas que precisam de proteção internacional (5,9 milhões). Caracas contesta os números, alegando que o informe “tem dados manipulados” e evidencia “a degradação desta agência da ONU”.

“ACNUR se transformou numa máfia burocrática financiada pela extinta Usaid e operada por mercenários…”, afirma a nota oficial do governo.

Inflação venezuelana reflete crise de refugiados e disputa política

 

Contudo, analistas independentes e a ONG Sures criticam a metodologia de ACNUR, destacando critérios inconsistentes usados por diferentes países. Por exemplo, em alguns, basta assinar uma declaração; em outros, há comprovação robusta. Por isso, números como esses variam conforme a perspectiva política e diplomática.

Confira aqui um relatório global sobre deslocamentos forçados da Acnur:
https://olhovivonoticias.com/acnur-mundo-tem-mais-de-123-milhoes-de-pessoas-deslocadas-a-forca/

Para efeitos legais, o refúgio foi definido em 1951 pela Convenção sobre o Estatuto dos Refugiados. O status requer um “temor fundado de perseguição” e que a pessoa esteja fora do país. Em contraste, o termo migrante econômico é usado quando alguém sai por motivos como trabalho, desde que permaneça mais de 12 meses.

A Sures também alerta que, em meio a tensões políticas entre Venezuela, Colômbia e Brasil, há uma tendência a classificar migrantes como refugiados. Como resultado, hoje cerca de 2,8 milhões de venezuelanos vivem na Colômbia, muitos com dupla nacionalidade, grande parte por razões econômicas – o que, segundo a Sures, não justifica o status de refugiado.

Leia também como Venezuela e Cuba reagiram a ofensivas internacionais:
https://olhovivonoticias.com/venezuela-e-cuba-condenam-ataque-israelense-contra-o-ira-agressao-ilegitima-injustificada-e-violadora-do-direito-internacional/

Historicamente, até 2016, a migração venezuelana quase não era registrada em relatórios globais. Porém, após sanções de 2017, ACNUR e a OIM passaram a acompanhar o êxodo em massa. Desde 2018, ACNUR usa o termo “refugiado venezuelano”, alegando violência estatal como causa. A partir de 2020, houve discussão sobre se seriam “pessoas deslocadas” ou de fato refugiadas.

Veja também como políticos denunciam uso geopolítico de dados migratórios:
https://olhovivonoticias.com/glauber-braga-denuncia-retaliacao-politica-e-percorre-o-pais-contra-cassacao-articulada/

Apesar dos 370 mil refugiados divulgados, a Sures afirma que muitos não possuem status legal — sendo majoritariamente migrantes econômicos. Já o governo venezuelano acusa um “roubo de intelectuais” organizado, liderado por Delcy Rodríguez, vice‑presidente, e destaca que mais de 1 milhão já retornaram, graças a melhorias em “economia, segurança e trabalho”.

Brasil também critica violações de soberania em conflitos externos:
https://olhovivonoticias.com/violacao-a-soberania-brasil-condena-ataques-de-israel-ao-ira-e-alerta-para-risco-de-escalada-do-conflito-na-regiao/

Marcado:

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *