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Ciumenta em ‘Dona de mim’, Aline Borges conta como mantém casamento não monogâmico: ‘Não sou dona dos desejos nem do corpo dele’

 

Intérprete da manipuladora Tânia, que não aceita ser traída, mas trai, a atriz e o marido, Alex Nader, vão comemorar o Dia dos Namorados no palco, onde se conheceram e se apaixonaram Num acesso de raiva por Jaques (Marcello Novaes) ter presenteado Patrícia (Juliana Martins) com o colar de esmeralda que acreditava estar destinado a ela, no Dia dos Namorados, Tânia arremessou uma taça no marido e quebrou tudo, no capítulo exibido nesta quarta-feira (11) em “Dona de mim”. Sua intérprete, Aline Borges, de 50 anos, garante que cenas de ciúme assim passam longe da realidade de seu relacionamento com o também ator Alex Nader, de 48. Junto há 16 anos, o casal mantém uma relação não monogâmica.

 

— Eu já fui mulher de ter ciúme e namorados muito ciumentos. Alex me ensinou a ter um olhar mais livre para o amor. Ele é sagitariano, eu sou ariana. Logo no início do nosso relacionamento, fiz uma ceninha, e ele falou: “Opa, vamos parar por aí, senão não vai dar certo”. Discutimos, sim, mas por outros motivos. E seguimos nos amando. Quero que assim seja por toda a vida, me vejo velhinha ao lado dele — declara-se Aline, contando que o casal tem seus próprios acordos: — Eu não o manipulo, não sou dona dos desejos e do corpo dele, nem ele dos meus. O respeito mútuo, a confiança e a vontade que temos de permanecer juntos fazem com que essa relação perdure há tanto tempo e dê frutos pessoais e profissionais.
Tânia (Aline Borges) e Jaques (Marcello Novaes) são um casal em “Dona de mim”
Léo Rosario/Rede Globo/Divulgação
Neste 12 de junho, o casal vai celebrar o amor no palco: eles estreiam no Teatro Firjan Sesi, no Centro do Rio, uma montagem do espetáculo “Migrantes”, do premiado dramaturgo romeno-francês Matéi Visniec, com adaptação e direção de Rodrigo França. Foi no ambiente teatral que os dois se conheceram e se apaixonaram, anos atrás:
— A gente fazia a peça “Poemas com problemas”, do Moisés Bittencourt. Primeiro, eu me encantei pelo (lado) ator dele e ele, pela minha (porção) atriz. Existia uma admiração grande, mas não era o momento de ficarmos juntos. Só nove anos depois aconteceu esse reencontro, que consideramos ser espiritual.
A parceria foi repetida no filme “Alemão 2”, dirigido por José Eduardo Belmonte, em 2022.
— Eu fazia a delegada Amanda e ele era Pita, meu subordinado. Eu mandava nele! Só assim… (risos) — brinca ela, contando que os dois também integram o elenco da série “Arcanjo renegado”, do Globoplay, mas em temporadas diferentes: — O personagem dele morreu na primeira (em 2000), eu entrei na segunda (2022). Acabei de gravar a quarta temporada.
Tom Nader, Aline Borges e Alex Nader caracterizados para a peça “Migrantes”: trabalho em família
Marcio Farias/Divulgação
Em “Migrantes”, há ainda um terceiro membro da família: Tom Nader, de 21 anos.
— Ele é recém-formado na CAL (Casa das Artes de Laranjeiras) e encena um belo monólogo, além de contracenar com o pai. A “boadrasta” aqui está orgulhosa — elogia Aline.
“Migrantes”, que fica em cartaz no Teatro Firjan Sesi Centro até o dia 13 de julho, pretende fazer o público refletir sobre aqueles que atravessam desertos e oceanos em busca de seus sonhos. O texto, interpretado de forma fragmentada por nove atores, revela a hipocrisia de um mundo que prega liberdade enquanto ergue muros. Entre o trágico e o absurdo, a peça questiona fronteiras, pertencimento e humanidade.
— Eu interpreto uma mulher que é raptada durante a sua viagem de lua de mel. No aeroporto, prestes a pegar o voo, ela dá um beijo no marido para ir ao banheiro e desaparece. Os criminosos colocam um pano no nariz dela, ela desmaia, e quando acorda está num quarto escuro, já com o vestido trocado, sem os documentos, violentada. É profundo e triste, e acontece muito mais do que a gente imagina — conta a atriz.
A atriz Aline Borges
Sergio Baia/Divulgação
Guardadas as devidas proporções, Aline diz que também já foi uma migrante na vida.
— Eu nasci no subúrbio, em Parada de Lucas (na Zona Norte do Rio), e migrei aos 9 anos para Campo Grande (na Zona Oeste da capital). Pra mim, na época, foi uma ascensão social. Meus pais colocaram os cinco filhos dentro de uma Kombi e a gente desembarcou num condomínio de apartamentos. Foi a primeira vez que eu vi um elevador na vida, meus olhos brilhavam — relembra a artista carioca, que hoje mora na Taquara, também na Zona Oeste do Rio.
Em família
Juntos, Aline Borges e Alex Nader ainda são pais de Nina, de 13 anos: “Ela é avessa a câmeras, não gosta de aparecer. Por enquanto, não pensa em seguir carreira artística. Nosso sonho é montar um espetáculo em família e sair apresentando Brasil afora. Mesmo se minha filha não se formar em teatro, a levamos junto”, vislumbra a atriz.
Marcello Novaes, Juliana Martisn, Marcos Pasquim e Aline Borges nos bastidores de “Dona de mim”
Reprodução de Instagram
Dupla traição
Em “Dona de mim”, Tânia faz vista grossa para o interesse de Jaques pela cunhada Filipa (Cláudia Abreu), ao mesmo tempo que o trai com o advogado Ricardo (Marcos Pasquim). “Ela fica observando, sabe de tudo, mas, enquanto permanecer ocupando o lugar de número um na vida do marido, fica confortável. Quando sente que corre risco de perder a majestade, Tânia pira, desce do salto”, analisa a atriz, que também consideraria traição se seu marido a trocasse por outra parceira, fixa.
Relação homoafetiva
Prevista para estrear no segundo semestre deste ano, no Globoplay, a série “Juntas e separadas”, de Thalita Rebouças, sobre conflitos de mulheres com mais de 40 anos, traz Aline num papel que terá um relacionamento homoafetivo com uma das protagonistas, vivida por Débora Lamm. A atriz também tem orientação sexual livre: “Não digo que sou bissexual, mas gosto de pessoas, independentemente de sexo. Nunca tive uma namorada, mas já tive rápidos encontros afetivos com outras mulheres”.
“Migrantes”
Teatro Firjan Sesi Centro: Av. Graça Aranha 1, Centro do Rio
Temporada: 12 de junho a 13 de julho de 2025
Quintas e sextas-feiras, às 19h; sábado e domingo, às 18h
Ingressos: R$ 20 (meia-entrada) / R$ 40 (inteira) pelo Sympla
Classificação indicativa: 12 anos
Duração: 90 minutos
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