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Mortes de agentes de segurança e de vítimas de intervenção policial crescem no Rio

 

De janeiro a abril, foram assassinados 37 agentes de segurança mortos no estado, o dobro do ano anterior; já o número de mortes por intervenção de agentes do Estado aumentou 34,4% Enquanto os números de mortes violentas de civis em operações e de policiais em serviço se mantiveram estáveis no Brasil nos primeiros quatro meses deste ano, numa comparação com o mesmo período de 2024, esses casos tiveram aumento expressivo no Rio de Janeiro. De acordo com o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), do Ministério da Justiça, de janeiro a abril, 71 agentes de segurança foram assassinados em todos o país, um a mais que no primeiro quadrimestre do ano anterior. Mais da metade desses casos ocorreu no Rio: 37, o que representa um aumento de 106%, se for considerado o mesmo período de comparação.
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Os dados do Ministério da Justiça mostram ainda que o Rio registrou 34,4% mais mortes por intervenção de agentes do Estado no início deste ano: o número saltou de 212 para 285. Na comparação dos quadrimestres, houve uma ligeira queda de 0,3% no Brasil, saindo de 2.149 para 2.143. Em São Paulo, estado mais populoso do país, a redução foi de 11,4%.
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Márcia Foletto / Agência O Globo
Ato contra violência
Ontem, mães, pais e amigos de vítimas da violência policial no Rio fizeram um ato por justiça na porta do Ministério Público estadual, no Centro. Com cartazes com a imagem de Herus Guimarães Mendes, de 24 anos, atingido sábado por um tiro na barriga durante ação da PM no Morro Santo Amaro, no Catete, os manifestantes pediram agilidade nas investigações.
— A gente não quer que o Herus seja mais um. Como vamos fazer daqui para frente? Como trabalhar para que isso não aconteça mais? — questiona Lucas Pessoa, amigo do jovem morto no Santo Amaro, em entrevista ao RJ1, da TV Globo.
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Reprodução
De acordo com o RJ2, o sargento do Batalhão de Operações Especiais (Bope) Daniel Sousa da Silva afirmou, em depoimento à Polícia Civil, que foi o único de sua equipe a atirar na operação na madrugada de sábado no Santo Amaro. Ele diz ter reagido aos disparos de traficantes.
O policial contou que estava à frente da equipe durante a incursão. Ele portava um fuzil de calibre 5.56 com o qual fez 13 disparos num primeiro momento e, em seguida, mais sete. Uma bala retirada do corpo de Herus passará por perícia para saber se o tiro partiu da arma do policial.
A PM alega que uma equipe do Bope foi ao Santo Amaro para verificar a informação de que haveria homens armados na favela. Naquele dia, os moradores estavam organizando uma grande festa junina. Além de Herus, que morreu, quatro pessoas que estavam no evento ficaram feridas.
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