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Fantasos: PF reprime golpes financeiros e lavagem de dinheiro na segunda fase da operação

 

Principal investigado teria arrecadado R$ 1,5 bilhão por meio de um esquema fraudulento de alcance internacional, que envolve criptoativos A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira, a segunda fase da Operação Fantasos, com o objetivo de combater a prática de crimes financeiros e lavagem de dinheiro por meio de criptoativos. Agentes cumprem cinco mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais de investigados, localizados nas cidades do Rio de Janeiro; de Niterói, na Região Metropolitana; de Petrópolis, na Região Serrana; e de Duque de Caxias. na Baixada Fluminense. Além dos mandados, a Justiça Federal também determinou o sequestro de bens e valores até o montante de R$ 1,5 bilhão.
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O principal investigado, segundo a PF, é Douver Torres Braga, de 48 anos, que foi preso em fevereiro na Suíça pela Interpol e extraditado para os Estados Unidos. Ele é apontado como articulador de um esquema fraudulento internacional do tipo Ponzi, por meio de uma empresa que arrecadou mais de 295 milhões de dólares entre dezembro de 2016 e maio de 2018, lesando milhares de investidores ao redor do mundo. Segundo as autoridades norte-americanas, às vítimas do golpe eram prometidos falsos rendimentos de 11% ao mês com um “robô de microtransações massivas”.
A primeira fase da operação foi deflagrada em 30 de abril deste ano e teve como resultado a apreensão de diversos bens que se encontravam na posse do grupo investigado, como embarcações, veículos de luxo, relógios, joias, dinheiro e criptomoedas.
Os alvos das ordens judiciais que são cumpridas nesta terça-feira foram identificados ao longo das apurações decorrentes da primeira fase da Fantasos. A Polícia Federal afirmou que as buscas têm como objetivo coletar provas para reforçar a investigação, a identificação de outros envolvidos no esquema criminoso e a recuperação de bens e ativos adquiridos com o proveito dos crimes.
Como o esquema começou
Braga, de acordo com as investigações, prometia altos rendimentos aos investidores, mas utilizava o dinheiro de novos participantes para pagar os antigos, sustentando a pirâmide. Com o colapso do esquema, ele criou sua própria moeda, a Tcoin. Segundo a PF, quando o investidor tentava resgatar em Bitcoin, a plataforma pagava em Tcoin, uma moeda desvalorizada. De acordo com os investigadores, 1 Bitcoin valia R$ 100, enquanto 1 Tcoin, R$ 1.​
As investigações começaram após a condenação de Braga pelo esquema fraudulento da empresa Trade Coin Club (TCC), pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC). Ao ter as fraudes descobertas, ele voltou ao Brasil para fugir das autoridades americanas.
Segundo a PF, ao chegar ao Brasil, ele passou a aplicar o mesmo golpe, enquanto lavava ativos oriundos de operações financeiras ilícitas. Para isso, constituiu diversas empresas de fachada, registradas em nome de terceiros, além de estabelecer parcerias com empresários que ajudaram na aquisição de bens de valor.​
Quem é Douver Torres Braga
Natural de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, Braga começou a carreira vendendo equipamentos de som para carros em sua cidade natal. Em 2016, quando já morava nos EUA, o empresário fundou o Trade Coin Club (TCC), empreendimento que prometia altos lucros a investidores a partir de transações com criptomoedas.
“Eu posso e vou transformar a minha vida, eu vou ser o futuro milionário.” Com essa frase, repetida em uníssono por plateias entusiasmadas, Braga misturava o carisma de um animador de auditório com o fervor de um missionário.
Segundo a PF, Douver seria proprietário de um shopping em Itaipava, em Petrópolis, na Região Serrana, e do Feirão das Malhas, em Duque de Caxias.​
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