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De vilão da história a super-herói: cocô vira protagonista de livro infantil que trata o desfralde de maneira lúdica

 

Autora aborda o tema com naturalidade, atraindo atenção não só das crianças como dos pais; ela lembra que problemas para ir ao banheiro na vida adulta podem ter origem na infância Para muita gente, ele é o vilão da história. Mas uma escritora resolveu transformar o cocô em super-herói. Afinal, ele faz parte da vida de todos, e tratar o tema com naturalidade pode ser benéfico não só para as crianças mas também para os pais, já que muitos problemas que desenvolvemos na vida adulta para ir ao banheiro têm origem na infância. O constrangimento em torno do ato de fazer cocô pode levar à constipação e a outros problemas mais sérios.
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Capa do livro ‘Supercocô’, novo lançamento de Gabriela Metzker
Divulgação
— A criança não nasce com nojo do cocô — enfatiza Gabriela Metzker, contando que o olhar dela sobre as fezes foi moldado pelos pais e pela escola: — Quando eu era pequena, o cocô era uma coisa pesada. Era sempre aquela coisa de ouvir: ‘ah, que fedor!’. Por isso, eu odiava ir ao banheiro.
No livro infantil “Supercocô’’ (Mondru Editora, R$ 69,90), ilustrado por Junior Marques, Gabriela propõe uma viagem divertida acompanhando a aventura do protagonista na fralda, no penico, na privada, na descarga… E dessa forma lúdica, ela aborda o momento do desfralde.
— Minha experiência quando pequena foi traumática. Num episódio no colégio, tentei me segurar e acabei fazendo tudo nas calças. Então, quando tive meus filhos, só pensava que com eles tinha que ser diferente — conta ela, que é mãe de Livia, de 9 anos, e que desfraldou com 2 anos e 1 mês; e do caçula Benicio, de 4, que está passando pelo desfralde agora, mostrando que cada criança tem o seu tempo.
Gabriela Metzker no lançamento de ‘Supercocô’ na Bibla Livraria, em São Paulo, no dia 17/05/25
Wilson Blacker/Divulgação
Segundo Gabriela, existem algumas estratégias que ajudam a criança a se familiarizar com o cocô e com o banheiro, como trabalhar isso de forma recreativa, tornando o banheiro um lugar atrativo, por exemplo. A autora fala ainda da importância de os pais ajustarem o discurso sobre o cocô com a escola, conversando com os professores.
No lançamento do livro em São Paulo, na última semana, a autora apresentou a história aos convidados com o fantoche do personagem Supercocô, o que prendeu a atenção de seus leitores mirins. No Rio de Janeiro, a jornalista, que também é mestre em Educomunicação pela USP e pós-graduanda em escrita criativa, traz o fantoche para uma contação de história, na próxima Bienal do Livro do Rio, no dia 15 de junho, às 11h, no RioCentro, com sessão de autógrafos em seguida.
Gabriela Metzker no lançamento de ‘Supercocô’ na Bibla Livraria, em São Paulo, no dia 17/05/25
Wilson Blacker/Divulgação
Apego ao cocô
Foi uma pedagoga, amiga da autora, que a alertou sobre a admiração das crianças pelas próprias fezes. Daí surgiu a ideia de falar sobre a trajetória do cocô.
‘Tchau, cocô’
Durante o desfralde, Gabriela costuma jogar o cocô da fralda do filho na privada para dar descarga e ele sempre dá tchau para suas fezes.
Sinais positivos
A autora fala que é um bom sinal que a criança fale com os pais quando tem vontade de ir no banheiro. O problema é quando ela esconde ou fica preocupada com isso.
‘Que nojo!’
Quando estava prestes a desfraldar, a filha de Gabriela sentiu nojo após fazer cocô no chão sem querer. Na ocasião, ela disse que a filha poderia pegar o cocô com a mão e isso resolveu a história.
Não é feio!
A autora diz que é importante nunca atrelar as palavras feio, sujo e nojento às fezes. Isso traz um peso para a criança.
Fada do cocô
Atualmente, Gabriela acompanha com admiração e destaca o perfil de Silvia Ueno, terapeuta ocupacional e escritora que fala sobre o desfralde.
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