Home / Celebridades / Daniel abre fazenda onde grava o ‘Viver sertanejo’, planta milho, eucalipto e cria gado: ‘Comecei porque meu pai gosta’

Daniel abre fazenda onde grava o ‘Viver sertanejo’, planta milho, eucalipto e cria gado: ‘Comecei porque meu pai gosta’

 

Cantor celebra sucesso do programa nas manhãs da Globo: ‘Fico lisonjeado, mas bate ansiedade’ Daniel está tão à vontade no “Viver sertanejo” nas manhãs de domingo da Globo que o sotaque puxando o “r” do interior paulista nem se esconde, como o cantor já tentou fazer no passado. Não tinha que sumir mesmo, afinal, a atração é gravada em Brotas, na terra natal e no sítio dele, e os convidados são majoritariamente amigos de longa data. Está aí o segredo do sucesso do programa, que era para ser temporário, mas elevou a audiência da emissora e ficou fixo na grade. O artista, de 56 anos, teve o carisma bem testado ao longo dos mais de 40 anos de carreira, que ele vem celebrando em projetos comemorativos desde 2022. “Sou saudosista”, ele diz. Você poderá atestar na entrevista a seguir.
Galerias Relacionadas
Qual o seu maior desafio no programa?
Quando fui convidado, pensei em recusar, porque estava num momento de pisar no freio para aproveitar mais as minhas filhas (Lara, de 15 anos, Luísa, de 12, e Olívia, de 3). Foi aí que o Amauri Soares, diretor-geral da TV Globo, me proibiu de dizer “não” para ele (risos). Falaram que a gravação seria no meu sítio, então facilitou. Fico lisonjeado em saber que as pessoas estão gostando, mas também bate uma ansiedade. Tem sido gostoso, estão me deixando à vontade para gravar, o roteiro propõe um grande bate-papo e cantoria… Só fico apertado mesmo quando termino show às 4h da manhã e tenho que gravar às 9h. Me desacostumei.
Cantor Daniel mostra a fazenda dele em Brotas (SP), onde é gravado o “Viver sertanejo”, da Globo
Giu Pera/TV Globo/Divulgação
Não fica na farra com os convidados depois da gravação?
Brinco que os convidados chegam lá sem pressa para ir embora (risos). Só o Xororó que chegou adiantado, mas começou e terminou pontualmente. Sempre doido pra ir pra casa, ele é impressionante. Mas tem uma galera que se esquece da vida. Como tenho liberdade com 90% deles, dou tchau antes. Maiara e Maraisa, por exemplo, ficaram bastante, eu tomei um golinho a mais e deixei elas lá (risos). Acordo às 5h30 para fazer café e levar as meninas na escola. Antes de casar, há 16 anos, eu era bem noturno. Não tenho mais essa energia toda.
‘Viver Sertanejo’ promove encontro de gerações com as duplas César Menotti e Fabiano e Lourenço e Lourival
Giu Pera/Rede Globo
Já se deslumbrou com a fama?
Nunca fiquei distante da família, das pessoas que sempre me acompanharam. Acho que ter continuado a morar em Brotas me manteve consciente das coisas. Quando o João Paulo morreu (de acidente de carro, em 1997), houve uma mudança na fama, queriam me colocar no colo… Mas tive meu pai e minha mãe me acompanhando em tudo, eles sempre me colocaram no chão.
São 40 anos de carreira. Você é saudosista?
Muito. Sempre me pego voltando no tempo. Esses dias estava no carro só ouvindo coisas que João Paulo e eu gravamos e nunca lançamos. Também passo até hoje em frente à casa onde nasci em Brotas, me arrepio e choro sempre. Às vezes, penso em algo e me pergunto: “E se eu tivesse feito tal coisa?”. Não consigo ser uma pessoa prática.
Cantor Daniel mostra a fazenda dele em Brotas (SP), onde é gravado o “Viver sertanejo”
Beatriz Damy
Você pensa no João Paulo no dia a dia?
Ele está direto em meus pensamentos. Tenho conversado muito com a Jéssica, a filha dele, que está seguindo agora a carreira artística. Fico dando conselhos. E sabe uma coisa que me faz bem? Vou muito ao cemitério. Visito o túmulo da minha mãe, o do João Paulo, os de pessoas próximas, e converso com todos eles.
João Paulo e Daniel, em 1997
Arquivo O Globo
Você se culpou em algum momento por seguir carreira solo?
Quando tudo aconteceu, a primeira reação foi de que não tinha por que seguir a carreira. Mas, na mesma hora, veio uma força diferente, recebi muito apoio e não me senti mal, porque eu sabia que estava fazendo tudo de forma verdadeira. A cada passo que dava, eu conversava internamente com o João Paulo. A gente tinha sonhos para realizar e segui. Claro que enfrentei turbulências na minha cabeça, criei forças de novo e acho que isso acontece com profissionais de qualquer área. Reafirmei meu propósito e agradeço a Deus por saber que a minha música faz diferença na vida de alguém.
E você tem medo da morte?
É como disse, não sei lidar com o prático. Sou consciente da finitude, assim como sou religioso, de muita fé. Eu amo muito viver. E é muito bom ser um instrumento por meio da música para passar mensagens de transformação, de cura. Se eu puder permanecer por mais tempo… Fico pedindo para me deixarem cumprir mais missões por aqui.
Cantor Daniel mostra a fazenda dele em Brotas (SP), onde é gravado o “Viver sertanejo”
Beatriz Damy
Você se considera galã?
Nunca me senti assim. Claro que, às vezes, olho no espelho e fico me achando bonito (risos). Mas sou vaidoso, e a primeira prova é com meu cabelo. Com 27 anos, senti que os fios estavam ficando ralos, enfraquecidos. Passei então a usar xampus diferentes, procurei um especialista… Tudo tem a ver com alimentação, genética… Mas, se tem tecnologia disponível, eu mando ver. Só não fiz implante. Porém, se chegar o momento, não descarto. Agora, não posso é descuidar da barriga.
Você é muito assediado. Como é manter o casamento longe dos holofotes?
Aline e eu nos conhecemos numa fase complicada, eu estava muito paquerador (risos). Mas acho que deu certo pelo nosso jeito. Quando eu estava terminando de gravar a novela “Paraíso” (2009), ela engravidou, decidimos morar juntos para experimentar, e deu certo. Quando Lara caiu no meu colo, eu mudei completamente. Conheci a calmaria, nós nos fortalecemos, somos grandes amigos. A Luísa foi uma filha mais programada. E a Olívia foi essa surpresa na pandemia (risos).
Cantor Daniel com a esposa, Aline de Pádua
Reprodução/Instagram
Como é ser pai agora de uma criança novinha?
Dá uma rejuvenescida, a casa está uma alegria. Ela quer brincar 25 horas por dia. É engraçado ver as grandes diferenças de gerações. Mas os cabelos brancos aumentam, porque a Olívia é boa de driblar todo mundo e nos deixar fora da casinha. Até quando estou bravo, ela me surpreende com a voz doce: “Agora você já está feliz, papai?”. Isso me quebra (risos)!
O cantor Daniel com a esposa, Aline, e as filhas, Lara, Luísa e Olívia
Reprodução/Instagram
Initial plugin text
A fazenda onde Daniel grava o “Viver sertanejo”, da Globo
O sítio onde é gravado o programa fica a 25km de distância da região central de Brotas, onde Daniel tem outra casa: “A gente só pega 8km de estrada de terra. É bem rapidinho”.
Embora Daniel tenha a música de sucesso “Meu reino encantado”, sua fazenda tem outro nome: Morro chato. “Tem um morro bicudo, em formato de pirâmide, no meio da propriedade”, explica o cantor.
Daniel tem plantações de milho, eucalipto e cria gado: “Foi a primeira coisa que fiz quando comprei a fazenda. Comecei porque meu pai gosta”.
Cantor Daniel mostra a fazenda dele em Brotas (SP), onde é gravado o “Viver sertanejo”
Beatriz Damy
Marcado:

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *